Avaliada em US$1,88 trilhão em junho de 2021, a Amazon atingiu um recorde negativo ao perder US$1 trilhão desde então.
A companhia fundada por Jeff Bezos, conhecida como “a loja de tudo”, foi uma das mais afetadas em meio a alta de juros nos EUA e uma expectativa de recessão. Ao contrário do início da pandemia, quando investidores avaliavam a Amazon como uma das grandes campeãs, por seu market share de 38% no e-commerce americano, a situação agora é inversa.
A empresa, que na última década contratou 1 milhão de funcionários, demitiu em 2022 pela primeira vez.
O cenário para as big techs em geral tem sido negativo. As maiores empresas do mundo perderam ao menos US$4 trilhões em valo de mercado, com a Microsoft vindo logo atrás, com queda de US$900 bilhões.
A holding Meta, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, também aparece na lista, com US$700 bilhões a menos (sendo a que mais perdeu em termos proporcionais). A Tesla, de Elon Musk, aparece com US$500 bilhões a menos em valor.
Há apenas 4 anos a Apple tornou-se a primeira empresa do mundo a atingir US$1 trilhão em valor de mercado, em meio a um frenesi em torno das empresas de tecnologia que as levou a serem avaliadas em algumas dezenas de vezes seus lucros (ou até 10 vezes a receita no caso da Apple).
Essa euforia de investidores era justificada por taxas de juros abaixo de zero, o que implica dizer que recursos aplicados em títulos do Tesouro americano significavam literalmente perder dinheiro.
Sem retornos a baixo risco, o apetite por risco dos investidores cresceu, mirando empresas que pudessem crescer globalmente.
A Amazon, gigante do e-commerce, ganhou especial atenção pelo crescimento de sua empresa de infraestrutura, a AWS, que provê servidores para diversos sites, e cresce sua receita na casa dos 50% ao ano.
A AWS sozinha chegou a ser avaliada em US$500 bilhões. A empresa pela primeira vez, no segundo trimestre deste ano, perdeu market share, caindo de 41% para 39% no seu setor, o que levou analistas a ficarem alertas sobre o prêmio pago a gigante do varejo online.
A recessão que deve afetar os EUA em 2023, além da perda de poder de compra das famílias com a inflação neste ano, tem levado diversas empresas a reduzirem suas expectativas de crescimento em receita. No caso da Amazon, a empresa espera crescer entre 2-8% em 2023, um número razoável para uma empresa comum, mas não para o histórico da Amazon.
Na prática, a empresa está sendo cotada a múltiplos comuns, sem o seu prêmio tradicional pelo crescimento exuberante.
Jeff Bezos, que deixou o cargo de CEO em 2021, perde US$66 bilhões em patrimônio na esteira da queda das ações de sua maior empresa.
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