Elon Musk, dono e proprietário do Twitter, decaiu a lista de bilionários da Forbes e agora é o terceiro homem mais rico do mundo. Anteriormente, o empresário disputava constantemente o primeiro lugar com o francês Bernard Arnault. Contudo, quando Elon Musk comprou o Twitter, e renomeou a plataforma para X, as coisas desandaram.
Até 2022, antes de comprar o Twitter, Musk tinha um patrimônio de US$ 219 bilhões, segundo a Forbes. Atualmente, esse montante equivale a US$ 176 bilhões. Trata-se de uma redução de US$ 43 bilhões em dois anos.
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Contudo, nem tudo é culpa do Twitter. Parte da culpa também vem da Tesla, que está se preparando para o pior desempenho da montadora em sete anos nos resultados trimestrais desta semana. Assim, enfrentando uma demanda em desaceleração e uma guerra de preços acirrada.
Vale relembrar que, para financiar sua aquisição do Twitter, Elon Musk utilizou uma combinação de recursos próprios, fundos de investimento e empréstimos bancários. A negociação inicialmente contava com a esperança de Musk de não contribuir com mais de US$ 15 bilhões de seu próprio dinheiro para o acordo de US$ 44 bilhões.
Grande parte dessa quantia, cerca de US$ 12,5 bilhões, viria de empréstimos garantidos por suas ações na Tesla, o que significaria que ele não precisaria vender essas ações. No entanto, Musk desistiu da ideia do empréstimo e optou por aumentar o financiamento com dinheiro em espécie.
O bilionário nascido na África do Sul acabou vendendo cerca de US$ 15,5 bilhões em ações da Tesla em duas etapas, em abril e agosto. Além disso, contribuiu pessoalmente com um pouco mais de US$ 27 bilhões em dinheiro na transação.
Além dos fundos pessoais de Musk, a compra também incluiu US$ 5,2 bilhões de grupos de investimento e outros grandes fundos. Esses investidores, em troca de seus aportes, se tornaram acionistas do Twitter.
Tesla decepciona investidores
Voltando para Tesla, a empresa recua quase 40% desde o começo deste ano. Os acionistas buscam entender se a empresa de Elon Musk está passando por uma grande mudança de direção.
Isso ocorreu após relatos de que a montadora estava desacelerando os planos para um carro elétrico mais acessível, de US$ 25.000, conhecido como Modelo 2, para se concentrar em “robotáxis” autônomos.
Musk negou qualquer mudança nos planos do Modelo 2, mas também afirmou que focar na autonomia era “um movimento obviamente claro”. Além disso, anunciou na última semana que um robotáxi da Tesla será lançado em 8 de agosto.
Os investidores já estão absorvendo uma queda constante no preço das ações, vendas decepcionantes e um plano controverso de mudança da sede da empresa de Delaware para o Texas.
Para a cereja do bolo, eles enfrentam outro dilema: se a Tesla se tornará uma fabricante em larga escala ou um fornecedor menor de tecnologia autônoma.
“Sempre foi um debate entre margem e volume para eles, e esta é a mais recente reviravolta”, disse James Anderson ao Financial Times. Anderson é sócio-gerente da Lingotto Investment Management, que possui ações da Tesla.
“Se é uma boa reviravolta depende vital e decisivamente do que a mudança para a autonomia traz. A revelação pública do robotáxi em agosto “pode ser o momento decisivo para a tecnologia de autocondução há muito prometida [da Tesla]”, acrescentou.
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