Google é forçado a desincentivar novos candidatos políticos

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O Google anunciou que, a partir de 1º de maio, não permitirá mais o uso de sua plataforma Google Ads para promoção de conteúdo de candidatos políticos nas eleições municipais brasileiras de 2024.

A decisão foi motivada pela incapacidade da empresa de atender aos requisitos impostos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil.

Esses requisitos, especificados no artigo 27-A da resolução 23.732 de 27 de fevereiro de 2024, exigem que o Google mantenha um repositório detalhado dos candidatos que utilizam o serviço para propaganda política.

                                                   

Isso inclui informações sobre conteúdo, custos, responsáveis pelo pagamento e o perfil da audiência, tudo em tempo real.

A dificuldade de implementar uma ferramenta que atenda a essas exigências em tempo real tornaria a operação não lucrativa para a margem operacional do Google.

O que leva a empresa a decidir pela remoção do serviço de impulsionamento de conteúdo político.

                                                  

Essa mudança pode influenciar o cenário eleitoral, favorecendo candidatos mais estabelecidos, que já possuem maior visibilidade orgânica na internet, devido aos algoritmos de SEO do Google.

Além disso, o Google afirmou que continuará a colaborar com o TSE para combater a desinformação e manter a integridade das eleições, apesar de não poder mais oferecer o serviço de anúncios políticos.

Antes da reforma eleitoral de 2017, que permitiu o impulsionamento de conteúdo político-eleitoral no Brasil, tais práticas não eram legais.

Desde a mudança, o Google tinha estabelecido um repositório para anúncios políticos em novembro de 2021, registrando mais de 58.000 propagandas impulsionadas até a data da nova resolução.

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