Um pouso forçado por conta da pandemia de Covid-19 levou as companhias aéreas no Brasil e no mundo a entrarem em um modo de “pânico”.
Por aqui, estima-se que as empresas tenham deixado de faturar R$21,6 bilhões com vendas de passagens, o que levou o setor, que normalmente já opera com margens baixas e competição elevada, a iniciar demissões em massa.
Nos EUA e Europa, as companhias aéreas iniciaram um plano de aposentadoria precoce, levando pilotos mais experientes, com salários maiores, a abandonarem a carreira e a curtir a vida.
Os pilotos que restaram, porém, acabam tendo de enfrentar uma demanda em alta com o mundo tentando curar a ressaca dos tempos de lockdown.
Na volta, boa parte das companhias se viu em meio a uma situação de dívidas com o período parado, menos funcionários e combustíveis em alta, um cenário de terror para as finanças das empresas.
Segundo a IATA, a associação internacional do setor, as companhias aéreas apresentaram um prejuízo de US$149 bilhões em 2020, seguido de perdas de US$42,7 bilhões e US$6,7 bilhões em 2022.
Para 2023, a IATA estima um lucro somado de US$4,7 bilhões para o setor, ou cerca de 1 dólar e 20 centavos de lucro por cada passageiro que deve embarcar em 2023. O número é ainda 80% menor do que o lucro do setor em 2019.
O preço das passagens aéreas por sua vez acaba sendo pressionado, e deve subir ao redor do mundo.
E ao que tudo indica, as medidas tomadas pelo setor, que envolvem mudanças na legislação, devem demorar a surtir efeito. Nos EUA uma lei prevê aumentar de 65 para 67 a idade de aposentadoria obrigatória de pilotos. Uma pequena mudança que deve ajudar a combater a falta de 8 mil pilotos (cerca de 11% na força de trabalho).
No caso brasileiro, onde formar um piloto custa entre R$110 mil e R$160 mil, um valor considerado baixo para o resto do mundo (Nos EUA o custo médio está em R$460 mil), há ainda a concorrência de companhias globais.
Em uma paralisação na data de hoje, pilotos e comissários no Brasil alegam estar ainda no prejuízo com perdas inflacionárias no período, enquanto as companhias aéreas já voltaram ao lucro com a alta no preço de passagens.
Por aqui, GOL Azul e Latam, que dominam 96% do mercado, tiveram lucro de R$4,5 bilhões no primeiro trimestre (apenas a Latam teve prejuízo), contra um prejuízo de R$6 bilhões no mesmo período de 2021.
Apesar de a demanda ainda estar menor do que em 2019, o CFO da Azul estima que a recuperação no setor possa ocorrer já em 2023.
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