Participe da
Comunidade Ícone Whatsapp
Economia

Argentina tem menor consumo de carne em 100 anos

Um argentino triste contemplando sua churrasqueira vazia foi a pauta da última eleição, mas a promessa não se cumpriu

Foi em 1896 que a Argentina atingiu o posto de maior PIB per capita do mundo.

As terras férteis e abundantes do país tornaram-se um celeiro fértil que permitia produção em larga escala de commodities agrícolas, como o trigo e a carne.

Embarque em mais de 150 horas de conteúdo exclusivo sobre o universo das criptomoedas e blockchain na Plataforma BlockTrends.

Mais de um século depois, o país ainda continua a ter uma produção expressiva, suficiente para alimentar 10 vezes sua população, ou 400 milhões de pessoas, mas as commodities já não valem o mesmo, e a economia está em frangalhos.

A Argentina perdeu-se no tempo, com uma produção focada em mais terra e mais trabalhadores, sem agregar capital e produtividade. O resultado é que hoje o país amarga a 86a posição em PIB per capita.

Na busca por empolgar o eleitorado com promessas de dias melhores, Alberto Fernandez, atual presidente do país, apelou para o sentimentalismo, sugerindo que com seu governo o argentino voltaria a fazer sua parrila no final de semana.

Até o momento, porém, a promessa tornou-se um fracasso retumbante. 

A Argentina enfrenta uma inflação que pode chegar a 100% ao ano, enquanto a carne já subiu ao menos 300%.

A economia do país, a despeito de uma alta no PIB, vê uma depreciação na moeda oriunda de falta de confiança política.

Fernandez enfrenta recordes negativos de popularidade na medida em que o Peso se desvaloriza.

Para tentar conter o derretimento da moeda, o governo apela para controles cambiais, buscando se apossar dos dólares que entram no país, com cotações paralelas para cada tipo de serviço. Por lá, há o dólar streaming, a cotação usada para comprar serviços como Netflix, até o mais recente, o dólar Coldplay, usado para shows de artistas estrangeiros.

Ainda com o trauma do Corralito, o confisco de dólares promovido pelo governo argentino em 2001, a população de apega ao dólar em desconfiança a moeda nacional. 

E assim como a moeda, os argentinos têm promovido trocas na própria dieta.

O consumo de carne, que foi em média de 74,5kg por ano entre 1914 e 2021, caiu para 55kg nos últimos 5 anos e 45kg em 2021.

A média de consumo de outras carnes, porém, subiu.

Considerando porcos, aves e peixes, os argentinos têm consumido, em média, 109kg por ano.

No ano 2000, a média de consumo de carne bovina era de 70%, contra os 44% atuais.

A alta de 76% no preço em 2021 e de mais de 300% desde que Fernandez assumiu, afastaram o tradicional churrasco da mesa dos argentinos. 

$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na melhor corretora de traders de criptomoedas. Acesse ByBit.com

Notícias relacionadas



ETFs de Bitcoin e Ethereum estreiam com volume de US$ 12 milhões em Hong Kong Memecoin atinge mais de US$ 100 trilhões de valor de mercado, porque é golpe Ex-CEO da Binance pode ser condenado a 3 anos de prisão (não 4), e pede desculpas Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin, desapareceu há exatos 13 anos Google é forçado a desincentivar novos candidatos políticos