A Fintech apresentou seus resultados referentes ao primeiro trimestre. Segundo reportado, o lucro do Nubank cresceu 1400% no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.
No ano em que o Nubank completa seu 10⁰ aniversário, as dúvidas sobre a lucratividade da operação caem por terra.
Os resultados do primeiro trimestre de 2023 apontam um lucro líquido ajustado de US$184 milhões. Em igual período do último ano, o resultado havia sido de US$13 milhões positivo.
O banco também expandiu sua receita, saindo de US$800 milhões para US$1,6 bilhão. O lucro bruto por sua vez cresceu 120%. Este aumento se deu por um controle rígido das despesas, que cresceram apenas 12%, mesmo com aumento da base de clientes de 33%.
A ARPAC, a receita média por cliente, atingiu US$8,6. O número chega a US$24 quando considerada apenas a safra de clientes mais antigos, ao passo que, o chamado “custo de servir”, ou o quanto custa cada cliente ao Nubank, tem se mantido abaixo de US$0,8 ao mês.
O Nu também reportou um aumento de 33% no aumento dos depósitos, que chegaram a US$15,8 bilhões.
Em tempos de Selic em alta, o custo de captação do banco seguiu uma trajetória oposta. O funding mergulhou de 98% do CDI para 81%, na comparação entre os dois trimestres (de 2022 e 2023).
O banco reforçou ainda que possui um excedente de caixa da ordem de US$2,4 bilhões.
Rentabilidade recorde
Considerada apenas a operação brasileira, o Nubank apresentou um retorno de 37% sobre o patrimônio líquido. Ao passo que considerada toda operação, o número atingiu 11%.
O número equivale a 19% para o Itaú, 10,6% no Bradesco e 21% no Banco do Brasil.
No início do ano, analistas do Santander haviam questionado a métrica do Nubank. Para os analistas, o banco reduziu seu patrimônio líquido no Brasil, alocando recursos nas filiais do México e Colômbia.
Com o denominador menor, o ROE “cresceu”.
A gestora Absoluto também destacou, em fevereiro deste ano, sua tese sobre o Nubank. Para a gestora, o play do Nubank é essencialmente sua capacidade de controlar custos.
A Absoluto acredita, contudo, que o Nubank poderá entregar um ROE de 40% no longo prazo. E ao que tudo indica, o lucro 1400% maior com controle de despesas, acaba por corroborar a tese da gestora.
Consignado do Nubank
Uma das apostas para rentabilizar os clientes está na oferta de crédito consignado. O crédito com desconto em folha foi lançado neste trimestre, mas a expectativa é de que vá se tornar relevante em 2025-26.
De acordo com o CFO Guilherme Lago, os clientes do Nubank são ao menos 31% dos CPFs com crédito consignado no Brasil. Na prática, a instituição terá menor custo para captar o cliente, tendo apenas de convencê-lo a contratar o crédito pelo Nubank.
Também conforme Lago, cabe destacar as operações internacionais do Nubank.
Segundo o CFO, a NuConta atingiu 500 mil clientes em apenas 2 semanas após seu lançamento no México.
Nu Cripto
Pela primeira vez o banco divulgou maiores detalhes sobre sua operação de cripto.
A subsidiária NuCripto atingiu 1,4 milhão de clientes no final de março deste ano. Contudo, segundo o Nubank, o valor justo de criptoativos de clientes da instituição ainda é relativamente baixo. No primeiro trimestre o valor foi de US$30,47 milhões, uma alta de 68% em relação a dezembro de 2022. Em outras palavras, uma média de R$106 por cliente.
O Nu também destacou a criação de sua criptomoeda própria, a NuCoin. Segundo o banco, a distribuição da NuCoin se niciou em fevereiro deste ano. A expectativa é de que a NuCoin vá se tornar um meio de fidelidade do banco.
Do mesmo modo, o Nubank também destacou que a existência de um seguro para os criptoativos detidos pela instituição, que seriam mantidos em um outro custodiante.
A ação do Nubank subiu 7,7% ontem após a divulgação dos resultados. O banco vale R$142 bilhões (US$29,08 bilhões), na Nasdaq.
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