Uma crise energética, guerra na Europa, governos em níveis de endividamento sem precedentes e famílias perdendo seu poder de compra com uma inflação não vista há 4 décadas marcaram o cenário econômico de 2022.
O ano que se encerra levou a um cenário de aperto. O FED, o banco central americano, subiu os juros de maneira acelerada, em uma manobra que ainda está por ser concluída.
O resultado na bolsa foi o fim de uma euforia generalizada comandada por dinheiro de graça (juros negativos), e a expectativa de que a pandemia fosse antecipar em alguns anos práticas como compras online e serviços virtuais (além do trabalho virtual).
Baixada a poeira, foi o momento de avaliar o quanto as empresas de tecnologia que lideraram o crescimento na última década, estão de fato relacionadas à economia real.
Com o poder de compra em queda, receitas vindas de vendas de publicidade, além de serviços e produtos, caíram, e com elas o valor de mercado de empresas.
Entre todos os bilionários, as perdas chegam a US$1,9 trilhão (R$9,9 trilhões). Já entre os 300 bilionários de tecnologia, as perdas somam US$1 trilhão (R$5,2 trilhões).
Entre os maiores perdedores do ano, estão figuras que dominaram a cena nos últimos anos.
Elon Musk, CEO da Tesla, SpaceX e Twitter, viu sua fortuna cair em US$132 bilhões (R$687 bilhões), enquanto Jeff Bezos, o fundador e ex-CEO da Amazon, perdeu US$80 bilhões (R$ 416 bilhões).
No caso de Musk, as causas são além da alta de juros, uma pressão de investidores pelo foco dado a sua nova aquisição, o Twitter, que teria desviado Musk da Tesla. O fim de subsídios na China, menor poder de compra da população americana e o fato de o próprio Musk ter vendido ações da empresa também levaram a quedas expressivas na Tesla, que perdeu US$800 bilhões (R$4,16 trilhões), em valor de mercado.
Bezos já não ocupa mais o posto de CEO da Amazon, mas vê a empresa fundada por ele tendo crescimentos tímidos de venda com o consumo das famílias desacelerando, enquanto Mark, vê sua aposta no Metaverso custar cada vez mais e a concorrência aumentar, com fenômenos como o TikTok, cujo fundador se tornou US$9,8 bilhões (R$51 bilhões) mais rico neste ano.
Outros bilionários de tech, como Larry Page e Sergey Brin, os fundadores do Google, também viram suas fortunas cair com menor demanda por serviços de publicidade online. A Alphabet, holding que controla o Google e outras empresas do grupo, perdeu 36% de valor de mercado, derrubando a fortuna de ambos em US$88 bilhões (R$458 bilhões).
Apesar da ascensão de novos bilionários, o mercado de tech também sofreu na China, com uma maior pressão do governo de Xi Jinping sobre empresas de tecnologia no país. Jack Ma, o fundador do Alibaba, chegou a perder US$9 bilhões (R$38 bilhões) em um único dia.
Entre os 10 mais ricos do mundo, porém, apenas o indiano Gautam Adani, viu sua fortuna subir em US$33 bilhões (R$171 bilhões), com investimentos focados em energia e infraestrutura.
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