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Economia

O que está acontecendo na China

A economia chinesa está desacelerando, e o governo é cada vez mais poderoso.

Há cerca de 3 semanas as colunas sociais do Rio de Janeiro viraram os olhos para um “mimo” de uma empresa chinesa aos seus executivos no Brasil.

A State Grid, companhia estatal chinesa que controla a CPFL, segunda maior distribuidora e terceira maior produtora de energia no Brasil, adquiriu um prédio inteiro no bairro do Leblon, pagando cerca de R$200 milhões para acomodar seus executivos.

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O prédio de luxo em um dos bairros mais caros do Brasil, é uma forma de a empresa ajudar na adaptação de executivos que chegam ao país, além de garantir que estejam “próximos”, uma prática bastante comum quando se trata de empresas chinesas por aqui.

Na China, a State Grid é a maior operadora de energia no país, controlada inteiramente pelo governo.

A presença chinesa no Brasil, em especial em setores de base, ligados à infraestrutura, não chega a ser uma novidade, mas agora, com as mudanças no gigante asiático, a situação pode sofrer uma adaptação.

Xi Jinping, o líder do PCC, Partido Comunista Chinês, foi nomeado para mais um mandato de 5 anos, o que poderia ser uma transição normal, exceto pelos poderes que Xi amealhou desta vez.

As reações de imediato dão o tom do que se espera com relação a Xi.

Os índices das bolsas de Shangai e Hong desabaram, bem como as bolsas ao redor do mundo. O Yuan, a moeda chinesa, chegou ao seu menor nível com relação ao dólar nos últimos anos 14 anos.

O crescimento de Xi também pode ser sentido nos últimos anos, quando o líder da segunda maior economia do mundo avançou sobre empresas de tecnologia privadas que possuíam negócios no exterior. 

As reações de Xi, que também levaram a mais um banimento de criptoativos no país, assustaram investidores de gigantes como Alibaba e Tencent. 

Os ataques de Xi a empresas do setor, podem ser rastreados até 2018, quando uma comissão de regulação as empresas do setor de tecnologia sobre escrutínio do governo, sob a alegação de violações anti-truste.

Agora, em seu terceiro mandato, Xi concentrará mais poderes para fretar o surgimento de grupos de interesse que possam contrapor o próprio partido, incluindo os capitalistas nacionais.

A exemplo da maior empresa chinesa hoje, uma companhia de bebidas, os principais diretores destas empresas devem reforçar seus laços com o governo e o próprio partido, sob pena de sofrer investigações e acusações, como as que barraram um IPO do braço financeiro da Alibaba.

Com cerca de 1 bilhão de usuários, a Internet chinesa se tornou um campo fértil para o surgimento de empresas de tecnologia, mas o resultado também chama atenção do governo, que precisa reforçar seu poder e controle.

Xi Jinping iniciou sua nomeação em um ato assistido pelo mundo inteiro onde o ex-primeiro ministro foi retirado por seguranças da mesa onde estava o atual líder.

Nesta nova China de Xi, o resultado é um recrudescimento do regime, com efeitos sob todas as grandes empresas globais que atuam no país.

A dificuldade, porém, é que as empresas consigam se tornar menos dependentes da China. A maior empresa do mundo, a Apple, tenta há anos se desvencilhar da dependência chinesa. Até o momento, porém, parece uma tentativa inócua.

Dentre os desafios de Xi, está lidar com uma população cada vez mais idosa, em virtude da política de filho única adotada até 2017, uma economia em desaceleração e a ausência de programas de proteção social.

Na prática, há cada vez mais chineses dependentes de auxílios das próprias famílias, e um crescimento menor da renda, o que aumenta a pressão no governo. 

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