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Drex: o que pode mudar na sua vida? Destrave de liquidez, pagamentos offlines e democratização à produtos financeiros

João Canhada, CEO da Foxbit, coloca que um dos maiores casos de uso será a desburocratização de serviços com contratos inteligentes.

Participantes do piloto do Real Digital, ou Drex, discutiram nesta quarta-feira (27) sobre os possíveis casos de uso que a tecnologia pode destravar. O palco da discussão foi o painel “Ativos Digitais e Drex: A Nova Fronteira da Economia” do evento “Fintouch”, organizado pela ABFintechs.

Gabriel Rodrigues, gerente de inovações na Elo, comenta que participa do piloto junto com a Caixa e a Microsoft, principalmente para suportar a parte técnica dos nós. Para ele, a perspectiva é ir além do piloto, e entender as limitações do Bacen no âmbito regulatório. Nesse sentido, entender os casos de uso que o Drex poderia destravar valor.

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Quais serão os casos de uso explorados no Drex?

Desse modo, para a Elo, e para a Caixa, o foco é o caso de uso em programas beneficentes como no Bolsa Família. Conforme explica, a tecnologia poderia ser aplicada para redução de custos, e no contexto de proximidade com o público brasileiro. Nesse sentido, Rodrigues discorre que ainda existem pessoas sem acesso a todos produtos e serviços financeiros no mercado, e o Drex poderia ajudar a democratizar esse ponto.

“Nosso consórcio olha muito para essas pessoas, com objetivo de aproximá-las. Um dos casos de uso, nesse sentido, é o pagamento offline. Estamos entendendo quais seriam os benefícios, e quais seriam os desafios”, coloca.

João Canhada, CEO da Foxbit, coloca que um dos maiores casos de uso será a desburocratização de serviços com contratos inteligentes. Nesse sentido, ele lembra que o PIX aumentou o seu faturamento em mais de 50%, visto que facilitou as operações antes limitadas a DOC e TED.

Por outro lado, o mercado cripto é vinte e quatro horas, e o PIX oferece a liberdade de ser vinte e quatro por sete. Por meio do Drex, o CEO diz enxergar a possibilidade de desburocratizar ainda mais serviços financeiros, como negociação de títulos públicos.

“Imagino que o Drex possa destruir a burocracia, e facilitar a captação de capital de giro para empresas com contrato inteligente. A programabilidade do Drex pode agilizar operações, bem como o Pix fez. Tanto para o cliente, quanto para o institucional”, aponta.

Drex painel ABFintechs
Painel sobre Drex na ABFintechs (Foto: Leonardo Rubinstein Cavalcanti/BlockTrends)

Mais liquidez para cliente e institucional

Marcos Viriato, CEO da Parfin, argumenta que ter uma moeda na mesma camada de troca entre tokens facilita operações. Para ele, uma economia tokenizada pode democratizar o acesso de investimentos para o público varejo.

Nesse sentido, ele aponta que, um dos casos de usos seria destravar a liquidez para o cliente final. Para as empresas, pode pulverizar, e facilitar, a captação de recursos. Para isso, é necessário uma regulação clara, e o Brasil está convergindo para isso.

Reinaldo Rabello, CEO do Mercado Bitcoin (MB), diz que o Drex pode gerar um “Open Finance turbinado.” Desse modo, o Open Finance como um serviço de banco de dados e portabilidade pode ser atualmente limitado por falta de interoperabilidade.

Portanto, com o uso de blockchain, a portabilidade e interoperabilidade pode ser muito mais fácil do que no mercado tradicional. “O blockchain é interoperável por natureza. O Drex pode levar esses elementos para o ambiente tradicional”, ressalta.

A regulação sobre distribuição de serviços financeiros está atrasada?

Para Rabelo, a regulação dos prestadores de serviços financeiros do mercado tradicional é atrasada. Existe uma Bolsa monopolista, cinco grandes distribuidoras e quase 90% de debêntures está nas mãos dos institucionais”, aponta.

Conforme diz, nos mercados de capitais mais desenvolvidos que o brasileiro não é assim, é mais democrático. A B3, como ela é hoje, é um grande cartório. E não é digital, é tão antiquado quanto o anterior, segundo diz.

Entretanto, ele diz que é interessante ver o BC trazendo empresas Crypto Nativas para o ecossistema tradicional no piloto. “Lideramos um consórcio com Mastercard, CERC e Sinqia”, diz. Um dos objetivos é testar operações de tokenização. Para Canhada, o papel da regulação vai inevitavelmente ser atualizado. O motivo é que a regulação não conforta a inovação, e é muito antiga.

“Hoje um garoto que sabe de programação pode provavelmente fazer um app melhor que grandes bancos. Talvez as regras do passado não se apliquem mais. O problema é que às vezes as atualizações não são apenas técnicas, mas políticas também. E é onde complica”, diz.

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