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Economia

Brasil volta a ter maior taxa de juros do mundo com risco fiscal

Taxa de juros reais do Brasil se aproxima de 6% ao ano, aumentando o risco fiscal.

Ao longo de quase uma década, alertas para o estouro da bolha americana circularam no mercado. 

Para investidores, era nítido que o preço das ações estava em múltiplos irreais. Como desinflar a bolha, porém, era a grande dúvida.

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O balanço do Fed, o banco central americano, serviu por anos para inflar o valor dos ativos. Na prática, o BC por lá comprou ativos no mercado, até atingir o montante de $8 trilhões. Agora, o FED planeja reduzir suas posições.

Ao mesmo tempo, a autoridade monetária espera aumentar os juros.

Na prática, o FED espera combater a inflação, que ultrapassa os 8% ao ano nos Estados Unidos, nem que para isso acabe provocando uma recessão.

O temor de recessão nos EUA já ajudou a reduzir o preço dos ativos, com empresas de tecnologia sofrendo a maior queda. Agora, commodities, como petróleo, soja e minério de ferro, já sofrem pesadas quedas.

Em suma, o mundo está esfriando. Um remédio amargo para impedir que a inflação saia de controle.

No Brasil, o Banco Central iniciou a alta da taxa de juros há quase um ano, antecipando um movimento que agora ocorre lá fora.

A maior preocupação até então, era de que o fato de o Brasil ter juros negativos (juros menos a inflação), estaria pesando no câmbio, e consequentemente na inflação. 

O Bacen brasileiro, que chegou a derrubar os juros para 2% ao ano, agora mantém a taxa Selic em 13,25%, com expectativa de mais altas.

Quando considerada a inflação esperada, significa dizer que o país tem juros ao redor de 6-7% ao ano.

O temor de que o governo vá ter maior dificuldades em honrar suas contas, com gastos para subsidiar combustíveis, por exemplo, tende a elevar os juros pagos. De forma simplificada: quanto mais difícil é para o governo pagar suas contas, maior sua dependência de empréstimos para financiar a dívida e maior os juros pagos. 

Ironicamente, a redução do preço dos combustíveis implica em menor inflação, além de menor arrecadação. Com os juros elevados, significa que o governo pagará mais para rolar sua dívida, daí o risco.

A queda na inflação, algo positivo e esperado, vem acompanhada de risco fiscal. 

Neste momento, o Brasil superou países como Argentina, Rússia e Turquia em termos de taxa de juros reais.

O grande dilema está no fato de que, para pagar juros acima da inflação, o governo precisa crescer sua arrecadação acima da inflação, o que só é possível ocorrer com crescimento econômico ou aumento de carga tributária.

Como não se espera um crescimento econômico robusto, nem há espaço para aumento de carga, a dívida pública fica pressionada, com tendência de alta.

Neste círculo vicioso, o resultado é uma incerteza que colabora para, a despeito das elevadas taxas de juros, continuarmos com uma moeda desvalorizada.

Cotado a R$5,4 nesta semana, o dólar tem sido a principal razão para que o custo do combustível, e de outros bens e serviços, resista a cair.

E ao contrário de outras reformas recentes, as pautas fiscais em andamento no congresso pouco ou nada fazem para acalmar e ajustar as expectativas futuras.

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