Foi em 2020 que o mercado global passou pelo seu maior resgate da história, com o Federal Reserve intervindo sob a então economia americana e injetando uma gigantesca liquidez em busca de amenizar o impacto da pandemia.
Ao todo, quase $5 trilhões foram impressos e injetados por via de compras do portfólio do BC Americano, um crescimento de 130% em uma curta janela de meses.
A estratégia, que deu origem a um dos maiores bull markets, da história do S&P500 agora fica face a face com seu preço, a inevitável inflação.
Após o ciclo de expansão, a economia americana enfrenta uma inflação aguda, com o CPI, seu principal índice de medição de aumento de preços, atingindo níveis somente registrados pela última vez em 1970.
O problema tem sua solução em outra via, o aperto monetário, que caracteriza a série de práticas econômicas que visam conter a inflação em uma conduta monetária contracionista.
Dentre esse conjunto, se destaca o QT (Quantative Tightening), prática caracterizada pela venda efetiva de ativos por parte da administração do balanço do FED.
Nesta semana, pela primeira vez desde 2018, o FED deve iniciar seu QT, a venda de ativos, reduzindo seu balanço inicialmente em $47,5 bilhões, e gradualmente elevando as reduções até desembolsar estimados $1 trilhão de seu balanço.
O fim do Bull Market: o que explica a queda nas empresas de tecnologia
Um dos principais índices que refletem o desempenho das empresas de tecnologia americanas, o Nasdaq 100, acumulou queda de um quarto de seu valor em 2022.
Embora as empresas da chamada economia tradicional também estejam sofrendo, isso ocorreu em escala muito menor se comparado às techs. No caso do S&P 500, que reúne as quinhentas maiores empresas industriais listadas nos EUA, as quedas do ano estão por volta de 16%.
Nesse sentido, surgem os questionamentos por parte dos investidores sobre os motivos de tais quedas. Por que as ações de tecnologia estão sendo tão castigadas após um 2021 de sucessivos recordes e uma alta acumulada de cerca de 27%?
Há alguns pontos a serem analisados, mas principalmente a alta de juros nos Estados Unidos como uma reação à elevação da inflação no país. Entenda-os clicando aqui.
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