O índice futuro da bolsa brasileira abriu em queda de 0,75% nesta segunda-feira, repercutindo as tensões de investidores estrangeiros e locais com os eventos ocorridos em Brasília no dia de ontem. Os índices de bolsas americanas, por outro lado, sobem.
A queda impacta o índice brasileiro que está em um dos seus menores níveis históricos, com as empresas brasileiras sendo negociadas a 4,7 vezes o lucro, um número menor do que a média histórica.
Ações de empresas como Vale e Petrobras puxam o índice para baixo.
Na madrugada desta segunda, os ETFs de índices brasileiros na Europa e Ásia também operaram em queda, apontando que o investidor estrangeiro vê negativamente o ocorrido no país.
Por aqui a bolsa brasileira ensaiou uma recuperação puxada pelo investidor estrangeiro na medida em que o novo governo buscou alinhar o discurso entre ministros que garantiram declarações contrárias às reformas. O “puxão de orelha” do presidente, surtiu efeito.
Como funciona o mercado de ações?
O mercado de ações é o segundo maior em tamanho, com R$4,4 trilhões em valor sendo negociados por meio da bolsa de valores. Seu valor é menor apenas do que o mercado de títulos, que negocia R$12,3 trilhões, sendo impactado diretamente pelos juros.
No mercado acionário, investidores buscam antecipar o potencial de lucro de uma empresa, se dispondo a pagar por elas um múltiplo do seu lucro futuro.
Empresas com grande potencial de lucros futuros, acabam sendo avaliadas em dezenas de vezes seu lucro atual, enquanto empresas consideradas mais maduras são avaliadas em lucros menores.
O índice brasileiro tem sido fortemente impactado pela expectativa do mercado em torno da Petrobras, que negocia hoje a 1,8 vezes o seu lucro. Na prática, os investidores esperam que a empresa tenha de lucro neste período o mesmo que seu valor de mercado.
O múltiplo baixo ocorre em função da expectativa de que a empresa vá reduzir seu lucro em meio a mudanças de política econômica no atual governo.
Fatores que podem impactar a bolsa são comumente associados à política econômica e monetária.
A taxa de juros torna mais caro para as empresas investirem, diminuindo seu lucro. Desta forma, quando o governo anuncia gastos maiores, investidores antecipam que os recursos para financiar o governo serão maiores, sobrando menos para famílias e empresas.
É possível que a instabilidade política afete a bolsa em longo prazo, como visto ao longo dos últimos anos, quando mesmo com aumento de lucro das empresas, o índice teve pouca ou nenhuma reação.
Fatos momentâneos, porém, possuem pouco impacto.
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