Lançado em dezembro de 2017, o Petro se tornou o primeiro token, ou criptomoeda, emitido por um governo. O objetivo seria burlar as sanções sofridas pela Venezuela e impostas pelos Estados Unidos.
Desde o início, o Petro surgiu como uma espécie de “stablecoin”, lastrada em barris de petróleo (cerca de 30 milhões de barris, com um valor de US$1,8 bilhão), foram destinados para o experimento.
Desde então, a Venezuela, dona de uma reserva de 308 bilhões de barris de petróleo, vem buscando expandir sua usabilidade. Em 2019 o governo de Nicolás Maduro lançou em paralelo o “Petro Gold”, lastreado nas reservas de ouro do país, avaliadas em US$4,6 trilhões (debaixo do solo).
Em 2022, o governo passou a indexar o salário mínimo nacional ao Petro, usado também como forma de financiamento para governos locais.
A gestão da criptomoeda ficou a cargo da Superintendencia Nacional de ‘Criptoactivos y Actividades Conexas’, a Sunacrip.
O órgão estatal, porém, está na mira do governo após revelações de que diretores e funcionários teriam utilizado a criptomoeda estatal para negociar petróleo ilegalmente.
O caso de corrupção levou à prisão do diretor da Superintendência, há cerca de 3 semanas.
Agora, o governo Maduro decidiu avançar contra o órgão estatal, promovendo uma reestruturação que, na prática, leva à demissão de toda a equipe.
A estimativa é de que os desvios tenham chegado a US$3 bilhões em 2022. O caso também levou à renúncia de Tareck el Aissami, Ministro de Energia e Petróleo.
As investigações do caso também têm sido acompanhadas de maior repressão à indústria privada de mineração de criptomoedas no país.
Estima-se que 2,9 milhões, ou 10,3% da população venezuelana utilize criptomoedas, na medida em que o Bolívar, a moeda nacional, enfrenta uma hiperinflação.
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