Após anunciar seu mais novo congelamento de preços, em outubro deste ano, o governo argentino volta a encontrar uma alta de preços ligados principalmente a alimentos e serviços.
O congelamento de ao menos 1500 produtos considerados essenciais é a nova tentativa do governo dr Alberto Fernández para atenuar a inflação, que desde janeiro subiu 77,6%, com alta de 6,3% em outubro apenas.
O índice cada vez mais próximo de 100% tem se mostrado um desafio para o governo, que ainda não se recuperou por completo da pandemia.
A Argentina encontra dificuldade em reduzir gastos públicos ligados à energia e combustíveis, que drenam até 4% do PIB do país em subsídios. Estima-se que o governo pague até 65% dos gastos com conta de luz, um tipo de subsídio difícil de retirar, em especial com a alta de preços ao redor do mundo.
Sem conseguir escapar de tais medidas, o governo apresenta déficits constantes, o que somado a falta de credibilidade junto aos credores, obriga o Banco Central da República Argentina (BCRA), a financiar o governo.
A prática, ilegal no Brasil, acaba colocando gasolina no fogo, alimentando uma inflação persistente.
Com a dívida externa consumindo as reservas de dólares do país, o resultado tem sido uma disfunção na economia, em especial em temas ligados ao câmbio.
A taxa de câmbio disfuncional no país alimenta ainda mais a inflação, enquanto o governo reage aos efeitos, ignorando as causas.
O índice medido pelo INDEC, o Instituto Nacional de Estatística e Censos, aponta ainda uma alta de 88% em 12 meses, o que supera os índices registrados na Venezuela.
No Brasil, o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo, aponta alta de 4,7% entre janeiro-outubro, com alta no último mês após 3 meses de deflação.
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