Participe da
Comunidade Ícone Whatsapp
Economia

Câmara aprova projeto que pode facilitar lavagem de dinheiro

Projeto de autoria da deputada Dani Cunha, pode afetar o combate à lavagem de dinheiro e gerar riscos ao sistema financeiro nacional.

Aprovado pelo Congresso na última quarta-feira, o PL 2720/2023, de autoria da deputada Dani Cunha (filha do ex-deputado Eduardo Cunha), foi duramente criticado por associações anti-corrupção. Em nota, a Transparência Internacional apontou que o texto pode facilitar o uso de laranjas e lavagem de dinheiro.

A Transparência Internacional destacou que o projeto foi apresentado ainda em junho. Em suma, o baixo tempo entre a apresentação e a aprovação, impediu a análise em comissões da Câmara. Sua aprovação relâmpago ganhou destaque, porém, por conta da criminalização de críticas e ataques a políticos.

Entre na comunidade BLOCKTRENDS PRO com 15% OFF e receba +30 cursos, análises diárias, relatórios semanais, lives e mais.

O PL acabou indo para votação com o texto substitutivo apresentado apenas minutos antes. 

Uso de Laranjas e Lavagem de dinheiro

O Projeto de Lei altera a relação de bancos com as chamadas PEP, ou Pessoas Expostas Politicamente. Segundo a nova legislação, os bancos ficariam impedidos de negar serviços a clientes que considerem arriscados.

A nova legislação contraria os princípios do GAFI (Grupo de Ação Financeira), que determina como ideal, a adoção de medidas protetivas contra clientes considerados suspeitos. Nesse sentido, a nova legislação reduziria a capacidade dos bancos e entidades financeiras de cooperarem no combate à lavagem de dinheiro.

Para a Transparência Internacional, o caso poderia implicar em isolamento do sistema financeiro nacional.

Nesse sentido, Caíque Barbosa, mestre em combate a corrupção e compliance pela Universidade de Sussex, no Reino Unido, adicionou ainda outros custos gerados pela legislação. Caíque menciona que a identificação e avaliação de riscos relacionados a Pessoas Expostas Politicamente é uma proteção para qualquer tipo de empresa, muito além das instituições financeiras. “Quando identificamos um PEP, adicionamos também os custos dos controles necessários para manter a integridade da operação, o que pode tornar o negócio menos eficiente.”, explica. Ou seja, não se trata de uma mera discriminação, mas uma forma de proteger a empresa de um parceiro de alto risco.

Defesa de Eduardo Cunha

Em artigo publicado no site Poder360, o ex-deputado Eduardo Cunha defendeu o projeto da filha, Dani Cunha. Nesse sentido, segundo Cunha, o projeto incluiria uma definição de Pessoas Politicamente Expostas em lei, algo que hoje só existe via norma infralegal do Banco Central.

O cerne do projeto, entretanto, mantém uma defesa explícita contra a chamada “discriminação de políticos”.

$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na melhor corretora de traders de criptomoedas. Acesse ByBit.com

Notícias relacionadas



Mt. Gox diz que vai pagar US$ 8 bilhões aos credores semana que vem Ancord e BlockTrends lançam primeira Certificação em Criptoativos do Mercado Financeiro e de Capitais Donald Trump Agora Possui US$ 30 Milhões em Memecoins DOG é listada na Bybit e atinge máxima histórica pelo segundo dia consecutivo DOG, memecoin no Bitcoin, atinge nova máxima histórica