A Polícia Federal realizou nesta manhã uma operação em endereços ligados à Braiscompany, a companhia que promete retornos superiores a 80% ao ano na locação de criptomoedas.
A operação, batizada de “Halving”, em referência ao evento do Bitcoin que reduz a oferta ao meio, ocorre dias após representantes da empresa não comparecerem a uma audiência de conciliação promovida pelo Ministério Público da Paraíba.
Na audiência do dia 2 de fevereiro, Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, os fundadores da “Brais”, deveriam prestar esclarecimentos em relação aos atrasos de pagamentos e denúncias de clientes que alegam estar há 3 meses sem receber.
Segundo a Polícia Federal, os 4 suspeitos investigados, que estão foragidos, teriam movimentado R$1,5 bilhão em 4 anos. Em uma live no seu Instagram, de cerca de 900 mil seguidores, o fundador da empresa mencionou ser responsável por R$600 milhões sob “gestão”, ligados a 10 mil clientes.
Ainda segundo o fundador da empresa, os problemas de pagamentos se devem a uma restrição por parte da Binance. Segundo ele, a exchange estaria travando os saques a 10% do necessário a cada 10 dias.
Na operação, a Polícia Federal apreendeu valores significativos em dinheiro vivo na sede da empresa, incluindo células guardadas em meio a livros.
Durante a operação, o fundador da companhia enviou áudio aos colaboradores alegando que deveriam permanecer tranquilos.
Com formação em direito, Ais tornou-se conhecido pelo ativismo judicial com que lida com os críticos e céticos. Em especial pela apresentação de um balanço da empresa disponível no próprio site.
No documento, disponível até 2021, é possível ver um crescimento de quase 100 vezes no capital social da empresa, que a época chegava a R$45 milhões.
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