Considerado um ativo “sólido” e um hedge inflacionário, o ouro tem subido nos últimos meses em antecipação ao fim do ciclo de alta de juros nos EUA.
Desde outubro, o preço da Onça de ouro (cerca de 31g), já subiu ao menos 17%, de U$1634 para os atuais US$1916.
O movimento de alta tem levado o preço do ouro a buscar o seu valor mais alto na história, ao menos quando se considera o valor nominal.
Descontado pela inflação, o ouro segue em baixa em relação ao final do padrão-ouro, em 1971, quando Richard Nixon pôs fim a suposta paridade entre o dólar e o ouro.
Desde então, o ativo, considerado um porto seguro em momentos de crise, tem entregado resultados abaixo da inflação americana, com seu poder de compra consistentemente menor no tempo.
Somando US$11,25 trilhões, o ouro representa cerca de 2.4% da riqueza global, com a maior parte em posse dos bancos centrais.
E são justamente os bancos centrais que têm elevado a demanda atual.
Apesar do tamanho, o ouro não é exatamente um consenso. E as críticas são variadas.
Investidores como Warren Buffet são historicamente críticos do ouro por sua ausência de geração de caixa. O próprio Buffett, porém, tem investido em mineradoras.
Já para os bitcoiners, como o @Misescapital, um dos mais conhecidos dinossauros do segmento cripto brasileiro, a alta do ouro expõe uma contradição do próprio ativo.
Segundo ele, a oferta de ouro tem crescido na medida em que o preço maior torna mais lucrativo minerar.
“Este tipo de evento não ocorre no Bitcoin, por exemplo, que funciona como um ouro digital, melhorado. A oferta de Bitcoin é imutável, independente do preço do ativo. Já o ouro, tem sua oferta duas vezes maior a cada 4 décadas”.
Já o empresário Mark Cuban foi ainda mais enfático, chamando o investimento em ouro algo de “gente tola”.
Na prática, o ouro sobrevive no imaginário popular como um símbolo de status e riqueza. Para os investidores, porém, é apenas um brilho distante, mesmo com a alta recente.
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