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Investimentos

“Make BNDES great again”, Lula nomeia Mercadante para comandar o banco

Aloizio Mercadante deve retomar crédito pelo banco de fomento.

Comandado por Guido Mantega e Luciano Coutinho durante as gestões de Lula, o BNDES foi o centro da chamada “Nova Matriz Econômica”.

Desde 2008, o banco de fomento passou a receber recursos do Tesouro Nacional, que somaram R$525 bilhões. Na prática, o Tesouro tomava recursos emprestados a juros de 14,5% ao ano e emprestava ao BNDES cobrando 5,5%, o banco por sua vez emprestava recursos para empresas a juros camaradas.

Foram R$1,8 trilhão em crédito entre 2008 e 2015, quando a política de crédito subsidiado foi oficialmente encerrada.

Após um custo da ordem de R$236 bilhões, o resultado foram zero empregos gerados, segundo estudo elaborado pelo IPEA, que apontou as campeões nacionais como o pior programa do governo na relação custo benefício.

Agora, após longos anos de vendas de ativos e devolução de recursos do BNDES (mais de R$400 bilhões foram devolvidos ao Tesouro), o banco deve retomar uma política similar, mas segundo seu novo presidente, com cautela.

Aloizio Mercadante foi o indicado por Lula para ocupar o BNDES. 

Segundo declarações de Mercadante a Febraban, a Federação Brasileira dos Bancos, o governo não vê espaço para repetir a política de crédito subsidiado. 

Como já deixou claro o nomeado para a secretaria executiva do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, o banco deve focar em “crédito com garantias”, atuando mais próximo ao setor privado.

O papel de costurar privatizações ou PPPs que o BNDES adotou nos últimos anos, porém, parece estar sendo questionado. 

Uma análise do Itaú BBA, porém, levanta a possibilidade de bancos públicos liberarem até R$2 trilhões em crédito. O BNDES, bem como a CEF e o Banco do Brasil, possuem hoje folga de caixa para expandir o crédito com recursos próprios.

Na prática, o governo não precisaria oficialmente retomar o crédito via empréstimos do Tesouro, mas sim adotar uma política expansionista com recursos dos próprios bancos. 

O problema, claro, estaria em adotar uma política de aumento de crédito e gastos públicos, o que poderia forçar a uma manutenção, ou mesmo alta, dos juros. Atualmente o Brasil tem a maior taxa de juros do mundo.

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