JPMorgan, crítico ferrenho do Bitcoin, está mais bullish com o criptoativo do que muito HODLer por aí. A instituição secular acredita que, caso o BTC alcance 30% do valor de mercado do Ouro, poderá valer até R$800 mil.
Estrategistas do JPMorgan, banco historicamente crítico ao Bitcoin, afirmaram que o preço do criptoativo pode atingir até R$800 mil no longo prazo. De acordo com informação da Bloomberg, a previsão dos analistas considera que o BTC crescerá em popularidade como alternativa ao ouro.
Em nota, estrategistas liderados por Nikolaos Panigirtzoglo afirmaram que “a eliminação do ouro como uma moeda alternativa implica em grandes vantagens para o Bitcoin no longo prazo”. Segundo cálculos realizados pelo JPMorgan, a capitalização de mercado do Bitcoin, atualmente em R$3.1 trilhões, precisaria aumentar em 4.6 vezes para alcançar o investimento total do setor privado em ouro.
Este aumento no valor de mercado acarretaria em um preço teórico de US$146 mil, ou aproximadamente R$800 mil no câmbio atual. Vale ressaltar que o investimento total do setor privado no ouro equivale a 30% do markup total do metal precioso.
A tese de longo prazo do JPMorgan condiz com elucubração realizada por Pedro Albuquerque, CEO do TradersClub, em live para a QR Asset Management. Segundo Albuquerque, não seria absurdo pensar no Bitcoin como um ativo com 30% do atual market cap do Ouro.
Ainda de acordo com Nikolaos Panigirtzoglou e sua equipe, para o Bitcoin continuar na sua jornada para R$800 mil, seria necessária uma redução em sua volatilidade para que instituições façam grandes alocações. No entanto, na eterna busca sobre quem veio primeiro (o ovo ou a galinha?), os recentes aportes institucionais no criptoativo tem reduzido a volatilidade em comparação com a alta de 2017.
À medida que grandes investidores observarem o Bitcoin como uma reserva de valor para momentos de intensa crise, a ampliação do volume do criptoativo tende a reduzir sua volatilidade à longo prazo. Não à toa, o JPMorgan afirma em sua análise que o Bitcoin deve bater 30% do market cap do Ouro, mas que essa convergência é definitivamente um processo de vários anos.
Por fim, o gigante dos bancos de investimentos completa seu relatório afirmando que o preço do Bitcoin entre R$270 mil e R$540 mil é possível ainda no atual ciclo de alta, no entanto, caso ocorra, os ganhos podem ser classificados como “mania especulativa” e podem ser insustentáveis no curto prazo.
JPMorgan e MassMutual
Na semana passada, o Massachusetts Mutual Life Insurance Co. (MassMutual) comprou R$540 milhões em Bitcoin. A recente alocação é de grande importância quando consideramos o perfil do comprador. Com 169 anos de história, o MassMutual é uma seguradora com aproximadamente R$307 bilhões em ativos sob gestão.
Segundo analistas do JPMorgan, a entrada da seguradora no criptomercado é um sinal da crescente aceitação do criptoativo entre investidores institucionais. “É possível ver a demanda potencial que pode surgir nos próximos anos, à medida que outras seguradoras e fundos de pensão sigam o exemplo do MassMutual”, acrescentaram.
Além da exposição direta ao criptoativo, o MassMutual tem participação acionária de R$27.5 milhões na New York Digital Investment Group (NYDIG), uma empresa de serviços financeiros diretamente focada na indústria blockchain. A NYDIG tem atualmente R$12.6 bilhões em ativos sob gestão.
O JPMorgan completa sua análise afirmando que o Bitcoin pode encontrar uma demanda adicional de R$3.3 trilhões se as seguradoras de pensões nos EUA, UE, UK e Japão alocarem apenas 1% de seus ativos na criptomoeda.
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