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Blockchain

A empresa que colocou $1 bilhão em Bitcoin e agora atrai investidores da bolsa

Desde Agosto, a MicroStrategy (NASDAQ: MSTR) comprou R$2.4 bilhões em Bitcoin, que hoje valem R$4.2 bilhões. A aposta agora é comprar mais R$3.3 bilhões.  Fundada em 1989, a MicroStrategy é uma das raras sobreviventes do estouro da bolha da internet no início do século.  Embarque em mais de 150 horas de conteúdo exclusivo sobre o […]

Desde Agosto, a MicroStrategy (NASDAQ: MSTR) comprou R$2.4 bilhões em Bitcoin, que hoje valem R$4.2 bilhões. A aposta agora é comprar mais R$3.3 bilhões. 

Fundada em 1989, a MicroStrategy é uma das raras sobreviventes do estouro da bolha da internet no início do século. 

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Quando estreou na bolsa, a empresa era um típico caso de sucesso entre startups, com a receita crescendo 100% ao ano entre 1990 e 1996. 

Em seu ápice, a empresa fundada por Michael Saylor, chegou a valer $3130 por ação. Após o colapso das empresas de internet, a companhia perdeu 99.86% do seu valor de mercado.

Seu produto porém, softwares de análises de dados voltados para negócios, se tornou uma ferramenta cada vez mais demandada.

Em 2005, por exemplo, a empresa chegou ao Brasil, fechando contratos com a Renner, TV Bandeirantes, Kyocera e a Secretária de Educação do Estado de São Paulo.

Cerca de 20 anos depois, a empresa vale hoje cerca de 40 vezes o seu valor durante o IPO, a oferta inicial em bolsa, ainda que esteja abaixo do ápice.

Foi sua atitude em agosto deste ano porém que tem chamado atenção para o potencial de valorização das ações da empresa.

A 4º maior acionista da companhia, Citron Fund, acredita em um potencial de alta de 145%, para $700 dólares por ação), graças a alocação de caixa em Bitcoin.

Enquanto boa parte da mídia, e de investidores tradicionais vê com desconfiança a compra inicial de $250 milhões em Bitcoin, os principais investidores da companhia vêem uma oportunidade: estar alocados em Bitcoin indiretamente.

Dentre os acionistas, a BlackRock, gestora com R$40.8 trilhões em ativos, a Renaissance Technologies, maior Hedge Fund do mundo, Russell Investments e a própria Citron, já se mostraram positivos quanto ao Bitcoin.

Como o banker de Investimentos Ellie Frost comenta, o caso do Citron Fund é o mais curioso. O fundo, que fez a previsão de alta das ações, aumentou sua participação na MicroStrategy, confiante de que a decisão de comprar Bitcoins foi acertada. O problema? Até 2018 o Citron era “bullish”, acreditando na queda do Bitcoin.

Hoje o fundo descreve a MicroStrategy como “a melhor exposição ao Bitcoin disponível no mercado de ações”.

Desde junho deste ano, a Renaissance ampliou em 400% sua posição na empresa, ao mesmo tempo em que ela própria se preparava para negociar contratos futuros de Bitcoin. A Renaissance é conhecida pelo seu Medallion Fund que possui um retorno médio de 40%, já descontada as taxas (ou 66% sem elas).

Já a Russell Investments, elevou sua participação em 70% neste ano. A gestora possui sozinha $300 bilhões em ativos sob gestão, cerca de 40% do valor do Ibovespa hoje.

O caso dos três grandes investidores ajuda a explicar o motivo de a decisão de comprar Bitcoins e a aprovação dos sócios ter ocorrido em apenas 6 meses, em um processo que demandaria em média 1 ano.

Saylor, o fundador, acredita que a tendência de queda do poder de compra do dólar, a lateralidade do ouro e outros fatores de risco globais tornam o Bitcoin um ativo confiável para investir e manter, ou ganhar, valor.

Desde Agosto a MicroStrategy comprou cerca de R$2.4 bilhões em Bitcoins, que hoje valem R$4.2 bilhões.

O ganho, de cerca de R$1.8 bilhões, equivale cerca de 12 vezes o lucro estimado para a própria MicroStrategy em seu core business, de R$96.4 milhões.

Em dezembro, a empresa emitiu $650 milhões em notas conversíveis em ações, com um custo de 0.75%, que deverão ser investidos também em cripto (além de outras atividades da companhia).

Na prática, a MicroStrategy deve elevar seu patrimônio em Bitcoin para algo como R$7.1 bilhão, ou metade do valor de mercado da empresa.

De olho no valor de mercado 

Um dos grandes impeditivos para o Bitcoin, enquanto ativo para investidores tradicionais, tem sido o seu valor de mercado total. Hoje em R$1.8 trilhões, o “market cap” do BTC começa a tornar viável que gestores com trilhões em ativos, possam operar neste mercado.

Tudo isso ocorre em função da chamada liquidez. Um investidor, como a BlackRock, que quisesse alocar 0,1% do seu portfólio em cripto em janeiro de 2017, seria dono de 60% do mercado, ou em resumo, não conseguiria achar tantos Bitcoins para comprar.

Estes mesmos $8 bilhões hoje equivale a pouco menos do que a Grayscale, gestora do GBTC, possui no ativo.

A entrada de empresas como a MicroStrategy e a Square, cujo valor de mercado está em $80 bilhões, é um caminho de exposição ao ativo.

Já Fintechs como o PayPal, que possuem $260 bilhões em valor de mercado, acabam se posicionando para ganhar em áreas acessórias ao mercado ainda nascente de cripto.

Segundo analistas da Fidelity, empresa que possui $8,3 trilhões em ativos sob custódia, a comparação com o Bitcoin deve se assemelhar cada vez mais ao ouro, o que tornaria a cripto um ativo ágil, de fácil obtenção e custódia para preservar valor em um mundo de impressão desenfreada de dólares.

O problema, é claro, é que vai faltar Bitcoin para tanta gente. Do The Math.

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