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Blockchain

Entenda porque grandes empresas começaram a comprar Bitcoin

À medida que o Bitcoin se consolida como Hedge, cada vez mais empresas e investidores institucionais apostam no ativo. O Bull Market do Bitcoin em 2020 já começou e é diferente de tudo que vimos até aqui. Em diversos países emergentes, o criptoativo renovou a alta de 2017 há meses e busca mais. Até mesmo […]

À medida que o Bitcoin se consolida como Hedge, cada vez mais empresas e investidores institucionais apostam no ativo.

O Bull Market do Bitcoin em 2020 já começou e é diferente de tudo que vimos até aqui. Em diversos países emergentes, o criptoativo renovou a alta de 2017 há meses e busca mais. Até mesmo no mundo desenvolvido, menos suscetível a crises cambiais, o BTC chegou a ser cotado por alguns instantes no preço mais alto de sua história.

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Aqui no Brasil, observamos a criptomoeda ultrapassar os R$70 mil ainda no mês de outubro e, poucas semanas depois, alcançar o inédito valor de R$104 mil. A causa do Bull Market? Adoção institucional do ativo, lenta substituição do Ouro pelo Bitcoin como hedge para crises globais e, claro, intensa desvalorização monetária durante a pandemia.

Comparado com a escalada de preços de 2017, são notáveis as diferenças causais. Enquanto há três anos a criptomoeda era relativamente desconhecida no mundo inteiro, apenas tendo tração em países desenvolvidos ou com vasto mercado de mineração, hoje é difícil citar o termo “Bitcoin” e encontrar uma pessoa que jamais tenha ouvido falar sobre.

Lentamente o Bitcoin vem ganhando espaço no imaginário popular e, em países com sistemas bancários pouco evoluídos, substituindo de forma acelerada o ouro como principal fonte de segurança contra crises.

No entanto, a mudança mais palpável entre os dois ciclos de alta certamente é a adoção institucional. Se há três anos as notícias estampadas nos portais da mídia especializada eram opiniões leigas de grandes personalidades do mercado financeiro, hoje em dias fracos encontramos retratações de declarações antigas e anúncios diversos de grandes companhias adentrando o criptomercado e alocando parte de seu capital em Bitcoin.

A primeira onda institucional

É impossível falar sobre o atual ciclo de alta, chamado por especialistas de Phase 5, sem falar da Grayscale, a maior gestora especializada em criptoativos do mundo. Seu fundo bilionário, o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), detinha módicos R$12 bilhões sob gestão no pico do último ciclo de alta, em dezembro de 2017.

Em janeiro de 2020, o fundo se tornou regulado pela Securities and Exchange Commission (SEC). De lá pra cá, veio o dilúvio. Se o GBTC iniciou o ano entesourando 283.190 Bitcoins (sim, isso mesmo), atualmente o Trust já administra 536.800 BTCs, ou algo como R$49 bilhões. 

Razões para o fundo quase dobrar em menos de um ano? Investidores institucionais. Como o GBTC tem gestão passiva e ampla listagem em plataformas de investimento nos Estados Unidos, grandes investidores optam por comprar cotas do fundo ao invés de estudarem profundamente como custodiar seus próprios BTCs.

A ideia é tão positiva que foi replicada no Brasil por gestoras como a QR Asset Management, gestora de recursos do grupo QR Capital, que se tornou a primeira empresa brasileira a criar um fundo de gestão passiva 100% alocado em Bitcoin. O QR BTC MAX já tem alguns meses de vida e acompanha a valorização do ativo, se tornando uma opção regulada para o investidor brasileiro que pretende se expor à criptomoeda, mas não quer realizar uma complexa curva de aprendizagem em um novo mercado.

A resposta centralizada das Stablecoins

Outro passo importante para a institucionalização do Bitcoin ocorreu quando o Facebook, sim o monopolista frequentemente denunciado nos Estados Unidos, decidiu criar um braço de pagamentos.

Foi ali, ainda em 2019, que Mark Zuckerberg anunciou o lançamento do seu Facebook Pay, que poderia ser utilizado no Instagram e WhatsApp. O objetivo era se distanciar de outra ideia financeira que não havia tido a repercussão desejada, a Libra. O projeto de Stablecoin privada (que viraria um trend no criptomercado em 2020) sofreu forte escrutínio regulatório ao demonstrar como seria operacionalizada.

A ideia era criar uma cesta de tokens com paridade em diversas moedas fiduciárias. Essa cesta seria utilizada para ancorar o preço do ativo e o Facebook teria que garantir que o número de tokens privados fosse sempre igual ao número de dólares, euros e demais moedas nacionais em seu balancete.

Os relatórios revoltosos de diversos Bancos Centrais não deram escolha para a empresa. Recentemente, a Libra Foundation, responsável por administrar o projeto, anunciou que agora se chamaria Diem Foundation e que a antiga Stablecoin também passaria por outro batismo. Em recente entrevista, o CFO do Facebook, tentando evitar que a marca da rede social fosse demasiadamente associada ao projeto, afirmou que desenvolvedores planejam que a Diem entre em circulação já no ano que vem.

O medo de uma Stablecoin controlada por uma instituição privada iniciou uma verdadeira corrida monetária entre Bancos Centrais. O primeiro país a sair na frente? China. Enquanto o mundo estava muito preocupado com os desenvolvimentos do Coronavírus, o gigante do Leste Asiático, que segundo fontes oficiais não tão confiáveis já superou a pandemia, focava no lançamento da primeira Central Bank Digital Currency (CBDC) do mundo.

Claro que a Venezuela já havia saído na frente com o natimorto projeto da Petro, um “criptoativo” lastreado na produção de petróleo do país que, recentemente, quase foi zerada por má gestão da PDVSA, estatal venezuelana.

Mas, diferente do regime socialista de Maduro, o regime “comunista” chinês decidiu lançar o Digital Yuan lastreado na própria moeda nacional. Apesar de ser muito cedo para tirar conclusões, e demais países estarem estudando a possibilidade de transmutar suas próprias moedas nacionais para uma blockchain, como o Digital Dollar, é possível afirmar que os projetos de CBDCs pouco se assemelham com a arquitetura do Bitcoin. Na verdade, muitos discutem se os ativos de fato são construídos em blockchain ou apenas em DLTs.

No entanto, a atenção redobrada na tecnologia inventada pelo primeiro criptoativo da história reforçam, junto a cambaleante tentativa do Facebook, que o criptomercado não é passageiro. Mas sim uma indústria que veio para ficar.

A segunda onda institucional

Claro que o mercado não parou de comprar Bitcoin e, certamente, ainda é muito cedo para separar em duas ondas de investimento institucional. Mas é inegável que o humor mudou de figura quando a MicroStrategy (MSTR), empresa listada na Nasdaq, anunciou em setembro que estaria aportando o equivalente a R$2.2 bilhões em Bitcoin.

Segundo Michael Saylor, CEO da empresa, a decisão teria sido tomada como uma posição de proteção à desvalorização que diversas moedas fiduciárias, como o Dólar, poderiam passar nos próximos anos, devido à política monetária expansiva de diversos países do globo durante a crise do coronavírus.

A decisão, até então inédita em magnitude, foi acompanhada por uma apreciação dos papéis da MicroStrategy (MSTR) na bolsa de valores. Perseguindo o mesmo objetivo, recentemente, Saylor anunciou que sua empresa estaria oferecendo R$3.2 bilhões, em títulos da dívida de sua empresa, com o objetivo de comprar ainda mais Bitcoin.

Apesar de alegar a mesma motivação da primeira vez, a resposta do mercado tradicional foi negativa. O Citibank, que recentemente afirmou que o Bitcoin pode alcançar até R$1.5 milhão até dezembro de 2021, rebaixou de forma antitética a avaliação de risco da empresa após a nova operação.

Seguido dos investimentos realizados pela MicroStrategy (MSTR), foi a vez da carteira digital norte-americana, Square Inc. (SQ), investir 1% de seus ativos totais em Bitcoins. De acordo com Jack Dorsey, fundador do Twitter e CEO da instituição financeira, o investimento é preventivo e objetiva se posicionar em um ativo em amadurecimento que tem potencial para se tornar uma moeda global no futuro.

Seguido do investimento da Square, o PayPal, a primeira fintech da história, anunciou que a partir de 2021 passará a aceitar transações com criptoativos. Inicialmente a operação contará com o Bitcoin e demais ativos digitais com alta liquidez no mercado.

A sopa de letrinhas institucional ganhou ainda mais tração quando Larry Fink, CEO do lendário fundo BlackRock, afirmou que o Bitcoin pode se tornar um ativo global no longo prazo. Vale ressaltar que, desde o primeiro entesouramento de BTCs da MicroStrategy, o fundo já detinha exposição indireta ao Bitcoin.

Todos esses movimentos institucionais reforçam que algo acontecerá com o Bitcoin nos próximos meses. Empresas reconhecidas por seu passado inovador raramente aportam seu capital em operações que podem gerar forte revés à companhia.

O fato é que o Halving do Bitcoin de maio de 2020 preparou o terreno para uma intensa escalada nos preços durante os próximos meses. Isto ocorre, pois, o algoritmo monetário do Bitcoin corta pela metade a remuneração ao minerador a cada 210.000 blocos minerados. A consequência matemática disso é uma subsequente redução, na mesma magnitude, da criação  de novos Bitcoins no mercado.

Se a oferta é reduzida e a demanda permanece constante, ou aumenta, a consequência é uma escalada nos preços. O que todas as empresas acima têm em comum é a parcimônia de se posicionar em um ativo antes da alta começar de fato.  Para a BlackRock, Square Inc., Grayscale, MicroStrategy, QR Capital e PayPal, o futuro já começou e passa, inexoravelmente, pela potencial apreciação do Bitcoin nos próximos meses.

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