Participe da
Comunidade Ícone Whatsapp
Investimentos

Jefferies se torna o primeiro gestor de fundo de pensão a comprar Bitcoin

Gestora americana vende Ouro para comprar Bitcoin, seguindo a lógica dos fundos de pensão: foco no longo prazo. Com cerca de $201 bilhões em ativos e 145 mil beneficiários, o Plano de Pensão dos Professores de Ontário, no Canadá, conseguiu uma proeza invejável: tornou cada um dos seus membros virtualmente milionários em dólar. Embarque em […]

Gestora americana vende Ouro para comprar Bitcoin, seguindo a lógica dos fundos de pensão: foco no longo prazo.

Com cerca de $201 bilhões em ativos e 145 mil beneficiários, o Plano de Pensão dos Professores de Ontário, no Canadá, conseguiu uma proeza invejável: tornou cada um dos seus membros virtualmente milionários em dólar.

Embarque em mais de 150 horas de conteúdo exclusivo sobre o universo das criptomoedas e blockchain na Plataforma BlockTrends.

Fundado em 1989, o OTPN é um dos maiores do mundo quando o assunto é fundo de pensão, uma indústria com $32 trilhões de dólares e que deve chegar a $65 trilhões em 2025. O maior deles, o fundo de pensão da Noruega, um país com 5 milhões de habitantes, possui sozinho 1% de todas as ações listadas em bolsa no planeta.

Trata-se de uma indústria naturalmente conservadora, cuja missão principal é garantir a valorização de ativos para que futuramente gerem retorno aos seus membros, sejam eles professores, policiais, bombeiros ou demais profissionais.

Com metas atuariais cada vez mais difíceis de bater, afinal, se os títulos globais estão cada vez mais rendendo algo próximo de zero, garantir retornos de 6 a 8% ao ano se tornam um desafio cada vez maior.

Justamente por isso, a Jefferies Finance, uma gestora com $51 bilhões em ativos sob gestão, decidiu rever sua posição mais conservadora: o ouro.

A aposta da Jefferies porém, não foi em títulos ou ações, mas justamente no Bitcoin. A empresa reduziu em um de seus fundos a posição em ouro se 50 para 45%, utilizando a diferença para comprar Bitcoin.

Ao contrário dos títulos que pagam 0 em juros, ativos com alto potencial de retorno tem se tornado cada vez mais raros.

Um rally na bolsa de tecnologia americana, a NASDAQ, tem tornado banal uma marca que até cerca de 10 anos era quase utópica: empresas que valem $1 trilhão.

Graças ao rally dos últimos anos, acelerado com a pandemia, a marca já é garantida por ao menos 4 empresas (Microsoft, Google, Amazon e Apple), com outras duas candidatas ao título (Tesla e Facebook), logo atrás.

Christopher Wood, o chefe de Investimentos da Jefferies, vê a situação por outro lado: uma questão global.

O dólar tende a perder força nos próximos anos, dada a situação fiscal americana. O problema entretanto está na alternativa. Moedas como o Iene japonês ou o Euro também enfrentam problemas similares.

Na prática, Woods avalia que há uma corrida global por proteção, alinhada com uma busca por ativos que possam ganhar valor no futuro, pagando mais do que os títulos públicos.

Na contramão do ouro porém, o Bitcoin possui uma série de praticidades.

A principal delas, é a própria ideia de “comprar um ativo”. No caso do ouro, a maior parte das transações são feitas via ETF, ou seja, um título que lhe dá direito a uma determinada quantia em ouro.

Comprar e estocar grandes quantidades de recursos em ouro físico é financeiramente pouco vantajoso.

No caso do Bitcoin, ainda que a opção “física” não exista, é possível deter uma quantidade de bitcoins entesourado na sua Wallet, com custos muito menores em segurança em relação ao metal dourado.

O controle dos bancos centrais sobre o ouro, afinal, ambos possuem mais de 70% do estoque global, é outra questão relevante.

Considerando que o dólar perca valor, dada sua impressão desenfreada, BCs poderiam ser obrigados a liquidar suas reservas, afetando negativamente o mercado.

A própria noção de preservar valor entretanto, é complicado quando o assunto é ouro. Ao longo do último século as reservas provadas de ouro mais do que dobraram, e o ativo perdeu poder em relação a índices como o Dow Jones e S&P, demonstrando que ainda que ganhe da inflação, seu poder de compra tem caído na pratica.

Gestoras como a Grayscale tem apostado na ideia de “substituir o ouro” como reserva de valor. Com $9 bilhões em Bitcoins, a gestora atua com base na previsibilidade do algoritmo do Bitcoin.

Com um algoritmo previsível, o Bitcoin segue uma tendência de cortes na oferta que não apenas simula, mas aplica na prática a noção de escassez, supostamente atribuída ao ouro.

Woods, da Jefferies, alerta que a depender de eventuais quedas do Bitcoin, a gestora pode ampliar sua posição no ativo, mostrando que a opção pelo Bitcoin é, como manda a lógica dos fundos de pensão, uma opção de longo prazo.


Para se manter atualizado, siga a QR Capital no Instagram e no Twitter.

$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na melhor corretora de traders de criptomoedas. Acesse ByBit.com