“Acreditamos que a posição seja pequena (de 2,5% do total em ativos sob gestão), mas possui um potencial de proteção significativo contra a constante desvalorização das principais moedas globais”.
Enquanto o Brasil discute um respiro do Real frente ao dólar, casas de investimento ao redor do planeta continuam a acender o alerta para a desvalorização da moeda americana.
Com 22% de todos os dólares já criados no mundo tendo sido impressos apenas neste ano, em função da pandemia, os mercados acreditam em um efeito de “inflação de ativos”.
Na prática, a ideia é que mesmo que a inflação corrente não vá se alterar, os principais ativos globais devem sofrer uma valorização, dado que investimentos em títulos e outros ativos de baixo risco se tornarão inviáveis.
Os juros zero, que tornam suportável a dívida dos países desenvolvidos (muitos já acima de 100% do PIB, como a americana), forçam investidores a tomar riscos.
Essa é parte da lógica por trás do investimento de R$3.4 bilhões da britânica Ruffer Management no Bitcoin.
Com uma oferta limitada e criação escassa, em especial após o corte na oferta ocorrido em Maio deste ano, o Bitcoin está na lista de ativos beneficiados pela nova ordem dos mercados globais.
Ao contrário de outros ativos porém, o Bitcoin tem chamado atenção pela sua capacidade de preservar e gerar valor em função da sua escassez.
Ao longo da história essa função foi em boa parte atribuída ao ouro, um ativo supostamente escasso (mas cujas reservas e produção mais do que duplicaram ao longo do último século), e que iria na contramão da oferta monetária crescente em função de estímulos econômicos.
A praticidade para adquirir e estocar Bitcoin tem se mostrado relevante na medida em que o mercado busca alternativas.
Apenas neste ano a gestora Grayscale viu seu fundo saltar de R$8 para R$49 bilhões em ativos sob gestão. Na mesma linha, a Fidelity, gestora com R$42,2 trilhões em AuC também entrou no mercado, assim como outras empresas listadas em bolsa, como a Square Inc. de Jack Dorsey e a MicroStrategy, de Michael Saylor.
O Bull Market de 2020 vs. 2017
Marcado por investidores institucionais, o Bull Market de 2020 tem se mostrado mais resiliente do que aquele ocorrido em 2017.
Em suma, a ordem neste ano é “comprar e estocar”, como fazem fundos e empresas. Contrariando o viés especulativo das milhões de pessoas físicas que capitanearam as compras há 3 anos.
A institucionalização do mercado vem seguida de melhorias regulatórias e organização de instrumentos que tornam o mercado mais parecido com o convencional, sendo possível operar contratos futuros e outros meios tradicionais.
A corrida das empresas acontece no mesmo ano do Halving, o evento previsto no código do Bitcoin que reduz sua oferta pela metade, emulando assim uma política monetária desinflacionária.
A previsão do Halving está no whitepaper que descreve e atuação da rede blockchain, publicado em 30 de outubro de 2008, dado na qual a política monetária dos países ricos começaria a mudar, seguindo um caminho oposto.
A aposta de que os governos seguirão aumentando a dose de estímulos faz com que o dólar, além do euro e do iene japonês “caiam”, levando a uma corrida por ativos que não sofram a mesma desvalorização, em especial aqueles escassos: terras, imóveis, grandes empresas de tecnologia e Bitcoin.
Na década o Bitcoin superou outros investimentos em 8 dos 10 anos como o ativo mais que se valorizou no período.
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