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Déficit americano cresce 157% em 2023 e chega a US$1 trilhão

Em meio a disputa pelo aumento do chamado teto da dívida, governo Biden apresenta um resultado recorde do déficit, próximo a US$1 trilhão.

Em meio a uma luta pelo aumento no limite da dívida, o governo Biden apresentou contas com uma piora significativa em abril. O déficit americano chegou a US$924,5 bilhões, uma alta de 157% nos 7 meses do ano fiscal iniciado em outubro passado.

Tal piora ocorreu a despeito da segunda melhor arrecadação para um mês de abril na história. Em abril, o governo americano apresentou um superávit de US$176 bilhões, uma queda de 43% em relação ao déficit de US$308 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior.

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A queda na receita oriunda de ganhos de capital, gerada por uma desvalorização do mercado financeiro, esteve entre as maiores causas do lado da despesa. A liderança entre aumentos de gastos, porém, ficou com os juros da dívida, que somaram US$460,3 bilhões, uma alta de 31%. A queda dos repasses de lucros do FED, o banco central americano, gerou frustração de US$70 bilhões nas receitas.

O debate sobre o teto da dívida

Em discussão no Congresso americano, o aumento no teto da dívida americana, atualmente em US$31,4 trilhões, deve ser uma das mais duras batalhas do governo de Joe Biden.

A primeira vista, o aumento do teto da dívida pode parecer banal. Desde que foi criado em 1962, o teto já recebeu ajustes ao menos 78 vezes. No caso atual, porém, há dois fatores que tornam a tarefa mais difícil.

O primeiro está no controle do Congresso pelos Republicanos, de oposição ao governo. Em segundo lugar, medidas consideradas geradoras de gastos pela gestão Biden.

O “Ato de Redução da Inflação”, lançado em meio ao surto inflacionário de 2022, implica em novos gastos da ordem de US$700 bilhões em uma década. Some-se a isto um pacote de infraestrutura de US$1,2 trilhão aprovado no ano anterior, em 2021.

Da mesma forma, os aumentos de gastos pressionam a inflação, forçando o FED a manter-se em um ritmo de alta de juros. Com mais juros e uma disputa política, o dólar acaba se enfraquecendo.

O Yin Yang do dólar

O aumento do déficit americano colabora para o enfraquecimento do dólar, assim como fomenta a inflação. Para controlar a segunda, o FED acaba sendo forçado a elevar os juros. Uma alta da taxa de juros por sua vez, fortalece o dólar, mas eleva os custos com desembolso de pagamentos pelo governo.

Com políticas fiscal e monetária contraditórias, o resultado é uma sinalização ruim de longo prazo. Some-se a isto as movimentações políticas de oponentes dos EUA, e o dólar parece estar em uma decrescente enquanto moeda global.

Bitcoin pode se beneficiar da incerteza nos EUA

Para Geoff Kendrick, head de análise na Standard Chartered, o momento de tensão pré-aprovação do aumento do teto pode ser positivo para o Bitcoin.

Segundo Geoff, o Bitcoin já se provou um ativo resiliente em momentos de crise, sendo considerado um “safe heaven” em momentos de crise. 

A expectativa do analista é de que o Bitcoin poderia subir cerca de US$20 mil. Essa, porém, não seria uma alta contínua, mas repleta de percalços. É possível também que o Bitcoin caia mais US$5 mil antes de retomar as altas.

Essa alta decorre da ausência de confiança em ativos como ações ou imóveis, que estão enfrentando problemas nos EUA neste momento.

No longo prazo, ou final de 2024, o analista espera uma cotação de US$100 mil para a principal criptomoeda.

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