Cerca de 2 anos após a Bitz, a carteira digital do Bradesco, adquirir a startup 4ward, focada em soluções de pagamento e com experiência em Blockchain, o Bradesco se prepara agora para um novo passo: criar uma corretora de criptomoedas.
A Bitz, que conta hoje com mais de 10 milhões de clientes, deve ser o berço da solução ainda embrionária do banco neste mercado.
Segundo André Bernardino, diretor executivo do Bradesco em ações e custódia, o banco fundado por Amador Aguiar aguardava a aprovação de uma regulação mais clara no setor, o que acabou ocorrendo com o Marco Regulatório das criptomoedas, aprovado em dezembro de 2022 pelo Congresso Nacional.
Não está claro ainda de o Bradesco deverá operar por meio de uma parceria ou adotar um caminho próprio, como fez o BTG ao criar a sua plataforma Mynt.
Outras soluções no mercado de cripto e blockchain já vem sendo adotadas pelo banco, como a emissão de R$10 milhões em títulos tokenizáveis.
O Bradesco faz parte de um sandbox regulatório do Banco Central que permite a adoção de práticas consideradas inovadoras em finanças.
A área tem atraído atenção do sistema financeiro tradicional, pela praticidade e pela oportunidade de gerar liquidez no chamado mercado secundário.
Em Junho do ano passado, a Vortx e a QR Capital lançaram uma tokenizadora, também sob um sandbox regulatório feito pela CVM, a Comissão de Valores Mobiliários. Desde então já foram tokenizados ativos da ordem de R$250 milhões.
Por meio da tokenização, é possível que os investidores passem a deter a posse dos ativos tokenizados, permitindo com isso comprar e vender quotas de fundos, além de outros ativos, diretamente. É uma operação que pode permitir a investidores venderem, por exemplo, as quotas de um fundo no mercado secundário, impedindo com isso que o fundo em questão tenha de vender suas posições para cobrir resgates, algo que acarretaria em custos a todos os quotistas.
O Bradesco espera avançar em soluções envolvendo criptomoedas ao longo de 2023, segundo um caminho que já inclui grandes companhias do setor financeiro global, como a Fidelity, a gestora que detém US$4,5 trilhões (o equivalente a toda riqueza acumulada no Brasil), e que tornou-se custodiante de cripto e Bitcoin.
O Bradesco opera em alta de 0,4% na B3, valendo R$146,34 bilhões.
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