Os dados oficiais da economia brasileira têm sido revisados para cima, com uma expectativa de crescimento além da inicial. A despeito de ainda baixo, em torno de 2%, a previsão de crescimento na economia brasileira tem animado parte do eleitorado, segundo o Datafolha.
O Instituto de pesquisa, ligado à Folha de São Paulo, aponta que os dados de desemprego, que caiu abaixo dos 10% pela primeira vez desde 2015, e os números de inflação, que foi revisada para abaixo de 7% neste ano contra 10,6% em 2021, são alguns dos indicadores que têm chamado atenção.
O resultado tem superado expectativas também de casas de análise, que previam no início do ano um crescimento abaixo de 1%. Já sob revisão, os dados apontam uma melhora na balança comercial, e um impulso vindo do varejo e do setor de serviços, responsável por ⅔ do PIB.
Na prática, o varejo brasileiro ganhou mais importância por aqui do em países como Estados Unidos, onde respondia por 25% em 2004, contra 27% do PIB em 2020.
O crédito privado livre tem sido uma das causas para impulsionar o setor, com também para impulsionar investimentos em infraestrutura, outra surpresa positiva no PIB.
Desde 2017, o setor de infraestrutura bem passando por mudanças radicais na forma de financiamento, tornando-se menos dependente do crédito estatal e contando com financiamento privado, via instrumentos de dívida.
Segundo a CNI, confederação nacional da indústria, o total de investimentos previstos em saneamento e logística, saiu de R$113 bilhões em 2020 para R$160 bilhões em 2021. A alta, de 40%, tem como principal origem os aumentos de licenciamentos e concessões.
O índice de otimismo e pessimismo na economia medido pelo Datafolha verificou que em Julho de 2021, ao menos 65% da população acreditava que a economia iria piorar nos próximos meses, contra 18% atualmente.
Já os otimistas saíram de 11% em Julho de 2021 para os atuais 48%.
Ainda segundo o Datafolha, ao menos 29% da população com renda entre 0-2 salários mínimos, acreditam que a economia irá piorar nos próximos meses, contra 15% na população entre 2-5 salários mínimos e 24% na população acima de 10 salários.
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