Com um orçamento de US$100 milhões por temporada, The Last of Us estreou neste domingo, 15/01, com expectativas elevadas, tanto dos espectadores quanto dos executivos da Warner.
Após um 2022 considerado desastroso, o conglomerado de mídia vem buscando se reerguer e superar o tombo de 60% nas suas ações. A aposta no Discovery+ e na HBO, é parte dessas mudanças.
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A nova série da “Home Box Office” (HBO), nasce com 3 temporadas já encomendadas e um desafio imenso de adaptar jogos de videogame para TV.
Segundo Paulo Cursino, roteirista de alguns dos filmes de maior público no cinema nacional na última década, as críticas parecem divididas.
Há quem aponte que a série é a melhor adaptação de jogos já feita para a TV, além de outros que apontam tratar-se de um deja vu.
Ao BlockTrends, Cursino elogiou o diretor da série, Craig Mazin, mas frisou que adaptações de jogos pecam muitas vezes em atender as expectativas de jogadores por razões “óbvias”: são experiências diferentes.
Isso é um problema, afinal, a série busca replicar o sucesso do jogo ao atrair como base para o seu start o público que já o conhece finaliza Cursino, que foi responsável também por roteiros de filmes e séries de Leandro Hassum na Netflix (chegando a figurar entre os 10 mais vistos do mundo em seu lançamento).
Na prática, The Last of Us chega ao streaming com o peso de ajudar a Warner a se reestruturar, além de provar que é possível fazer boas adaptações de jogos para a TV e o cinema.
A série adaptada do jogo chega em um momento onde a diretoria da Warner parece estar provando seu ponto na redução de custos e foco na qualidade e não quantidade.
A indústria de streaming e conteúdo viu uma explosão de investimentos na área, que somaram US$260 bilhões em 2022. Isso forçou as empresas a reverem custos para preservar margens e estarem aptas a novas batalhas futuras, comentou ao BlockTrends um economista ligado a uma corretora que atua com ações americanas.
Em 2022 a Warner viu seu pior ano na história, com as ações caindo 60%.
As ações da empresa, bem como de outras empresas de tecnologia e mídia, sofreram em um mercado mais cético sobre growth.
Os executivos da Warner responderam cortando custos e tornando pública o que deve ser uma fusão entre os streamings Discovery+ e a HBO Max.
A HBO é responsável por cerca de 20% do faturamento de US$35 bilhões do grupo.
A Warner é negociada a US$31 bilhões em bolsa, uma fração dos US$85,4 bilhões que a AT&T pagou pela empresa em 2016.
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