A narrativa de criptomoedas (também chamadas de tokens dependendo de sua utilidade) com os maiores retornos no primeiro trimestre de 2024 foram de memecoins. Conforme estudo da CoinGecko, as moedas memes lideram o caminho, alcançando em média retornos de 1312,6% em seus principais tokens. Narrativas como RWA (ativos do mundo real tokenizados), inteligência artificial (IA) e segundas camadas seguem abaixo de memecoins.
Narrativas em cripto são comumente associadas a setores do mercado. Isso é, tratam-se de diferentes usabilidades que a tecnologia por trás do token diz oferecer. No caso das memecoins, tudo não passa de especulação massiva.
Ou seja, as memecoins são narrativas em que piadas que viralizam, como os vídeos e imagens na internet feitas em redes sociais, atrai especuladores para a criptomoeda. Desse modo, gerando um retorno expressivo para quem comprou primeiro.
Narrativa mais lucrativas em cripto é de memecoins
O estudo examinou o desempenho das narrativas de cripto mais populares de 1º de janeiro a 31 de março deste ano. Portanto, entre as dez maiores memecoins por capitalização de mercado no final do trimestre, Brett (BRETT), BOOK OF MEME (BOME) e cat in a dogs world (MEW) foram os novos tokens lançados por volta de março.
BRETT obteve os maiores retornos, com 7727,6% em relação ao seu preço de lançamento até o final do primeiro trimestre. Seguido por dogwifhat (WIF), que teve um aumento de 2721,2% no trimestre após viralizar e desencadear a atual febre dos memecoins.
A narrativa de memecoins mostrou-se 4,6 vezes mais lucrativa do que a segunda melhor narrativa de cripto, RWA. Além disso, 33,3 vezes mais lucrativa do que a narrativa de Camada 2, que teve os menores retornos no primeiro trimestre deste ano.
RWA, trazer ativos do mundo real para a blockchain
A segunda narrativa mais lucrativa, logo após memecoins, é de RWA. Esta, por sua vez, registrou retornos de 285,6% no primeiro trimestre de 2024. RWA foi brevemente a narrativa mais lucrativa no início de fevereiro, mas foi superada pelas narrativas de memecoin e IA. Até que, pouco depois, ultrapassou a narrativa de IA novamente no final de março.
Tokens de RWA são relacionados a tecnologia que visa tokenizar ativos do mundo real. Desse modo, a narrativa consiste em afirmar trazer mais usabilidade à blockchain, e embarcar novos usuários.
Entre os maiores tokens RWA, MANTRA (OM) e TokenFi (TOKEN) foram os que mais ganharam, com 1074,4% e 419,7% no trimestre, respectivamente, enquanto a XDC Network (XDC) foi a única a registrar uma queda de 15,6%.
A IA ficou logo atrás como a única outra narrativa a registrar retornos de três dígitos, com 222,0% no primeiro trimestre. Todos os grandes tokens de IA tiveram ganhos, liderados pela AIOZ Network (AIOZ) com 480,2% e Fetch.ai (FET) com 378,3%.
Até o ganhador de menor retorno, OriginTrail (TRAC), retornou 74,9% no primeiro trimestre. Desse modo, indicando que os grandes tokens de IA se beneficiaram do interesse geral na narrativa.
DeFi e DePIN começam 2024 com ganhos moderados
A narrativa DeFi alcançou retornos moderados de 98,9% no primeiro trimestre, após recuperar sua liderança sobre DePIN nos últimos dias do trimestre. Em particular, os retornos da narrativa DeFi tiveram um impulso no final de fevereiro. O DeFi foi ligeiramente impulsionado pela proposta de diminuição de taxas da Uniswap (UNI).
O que é DePin? Entenda sobre o que se trata a narrativa
O token DeFi mais lucrativo no primeiro trimestre foi o Ribbon Finance (RBN), que ganhou 430,8% no trimestre após a pivotagem do projeto para Aevo e o lançamento do token. Outros grandes tokens DeFi com fortes retornos foram Jupiter (JUP) com 125,7%, Maker (MKR) com 121,2% e The Graph (GRT) com 111,0% no trimestre.
DePIN inicialmente registrou perdas na primeira metade do primeiro trimestre, mas conseguiu terminar o trimestre com 81,0% de retornos. Os principais desempenhos entre os grandes tokens DePIN foram Arweave (AR) com ganhos de 292,5%, bem como Livepeer (LPT) com 133,7% e Theta Network (THETA) com 124,5% no trimestre.
Enquanto isso, Helium (HNT) teve um desempenho inferior como o único grande token DePIN a registrar uma queda de 10,5% no primeiro trimestre.
Camada 1, Jogos e Camada 2 ficam para trás
A narrativa da Camada 1 (L1) foi o oposto das memecoins, e consolidou-se como a menos lucrativa no primeiro trimestre de 2024. Assim, registrando “apenas” 70,0% de retornos. As Camadas 1 são redes blockchains onde todas as transações acontecem em um mesmo lugar, bem como a validação delas.
Por outro ladi, as Camadas 2 visam “aliviar” a carga das Camadas 1. Ou seja, elas executam transações em sua própria rede, mas a validação fica por conta da camada subjacente, a primeira.
Embora Solana (SOL) tenha sido destaque como uma cadeia popular de memecoins e tenha ganhado 91,9% no trimestre para retornar aos níveis de preço de 2021, os principais criptoativos de grande capitalização da L1 foram, na verdade, Toncoin (TON) e Bitcoin Cash (BCH) com 131,2% e 130,5%, respectivamente.
Em comparação, Bitcoin (BTC) ganhou 65,1% após atingir novos recordes, enquanto Ethereum (ETH) teve ganhos mais baixos de 53,9% no trimestre, apesar das aplicações de ETF de Ethereum à vista nos EUA.
O desempenho da narrativa GameFi no primeiro trimestre foi comparável à narrativa L1, com 64,4% de retornos. Entre os grandes criptoativos GameFi, os maiores ganhadores foram Echelon Prime (PRIME) com 124,0%, Gala (GALA) com 123,0% e Ronin (RON) com 112,3% no trimestre.
A Camada 2 (L2) começou o ano como a narrativa de cripto menos lucrativa, com um ganho significativamente menor de 39,5%. Entre os grandes criptoativos de L2, as L2s estabelecidas do Ethereum tiveram o pior desempenho.
Arbitrum (ARB) teve retornos de 5,6%, Polygon (MATIC) viu 1,2% e Optimism (OP) encerrou o trimestre com uma leve queda de 1,2%. Por outro lado, Stacks (STX) e Mantle (MNT) registraram retornos relativamente fortes de 142,5% e 95,8% no trimestre, respectivamente.
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