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Blockchain

Investidor “queima” US$1 milhão para alertar sobre riscos da impressão de dinheiro

Ex-diretor da Coinbase comenta os motivos de sua aposta no Bitcoin a US$1 milhão em 90 dias.

Foi em 23 de agosto de 1995 que os artistas Bill Drummond e Jimmy Cauty se dirigiram a um banco para sacar £1 milhão de libras (o equivalente a £2,1 milhões em 2021). Na sequência, dirigiram-se para um local na Escócia onde gravariam um vídeo colocando fogo nas notas.

A performance de cunho artístico acabou por render polêmica, mas serviu de base para economistas discutirem, ou exemplificarem, o papel do meio circulante na criação de riqueza. 

Como relatado em inúmeros manuais de economia, a queima deste milhão de libras acabou por tornar cada britânico um pouco mais rico.

Menos literal do que isso, o investidor Balaji Srinivasan, ex-diretor da Coinbase, organizou uma aposta de US$1 milhão alegando que o Bitcoin atingiria este valor em 90 dias, ou na prática, teria uma alta de quase 4000% no período.

Agora, próximo do vencimento da aposta, Balaji lançou um vídeo explicando sua “aposta”, além de comprovar ter doado US$1,5 milhão para iniciativas filantrópicas, além do desenvolvimento do próprio Bitcoin.

No vídeo, Balaji afirma que seu intuito era apontar que a situação da economia não está sendo transmitida de maneira séria. Ele afirma que em abril de 2008, o presidente do FED ainda mencionava que o país teria uma recessão leve, isso a 158 dias de o mundo entrar em uma crise global.

Balaji menciona que Jerome Powell, o presidente do FED, engana ao afirmar que o país terá um “pouso suave”. 

O vídeo, disponível no próprio twitter do investidor, vem em um momento onde o banco central americano se prepara para aumentar os juros para 5%, o maior desde 2007.

No mesmo dia em que Balaji lançou seu vídeo, o banco americano JP Morgan, aceitou comprar o FRB, um dos 4 bancos regionais que quebraram nos últimos 2 meses.

O alerta ocorre também em um momento onde o governo americano discute o 79º aumento no chamado “Teto da dívida” desde sua criação em 1962.

O cenário, segundo ele, precisa ser encarado com a devida preocupação, motivo pelo qual ele teria decidido “queimar” US$1,5 milhão para chamar atenção.

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