A taxa de inflação medida pelo INDEC, o Instituto Nacional de Estatística da Argentina, superou a expectativa de economistas que esperavam uma inflação de 98,6%.
Na comparação mês a mês, a alta de preços foi de 6% em relação a dezembro de 2022.
Puxando o índice estão custos como Habitação, recreação e comunicação. O item alimentação também veio acima das expectativas.
O índice simbólico em torno dos 100% ganha força considerando o cenário eleitoral em outubro, quando Alberto Fernandez terá de disputar a reeleição sob críticas de incapacidade de ação diante do cenário de preços.
Com uma taxa de juros incapaz de gerar confiança, o governo argentino se vê obrigado a se financiar em dólares, tendo de controlar uma montanha de US$164 bilhões em dívidas. Na parte interna, o BRCA, o Banco Central argentino, também continua a financiar gastos públicos.
Apesar de ser historicamente elevada, a inflação na Argentina ganhou força com o choque de preços na energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia, levando o governo a ampliar os gastos públicos para tentar conter a alta de preços.
Estima-se que 4,5% do PIB, ou ⅕ da arrecadação, seja direcionada a cobrir subsídios no setor energético. Ao menos 70% da conta de energia dos argentinos é paga pelo governo, número que gira em torno de 10% no Brasil.
No domingo, o ministro da economia Sergio Massa voltou a anunciar novas medidas de congelamento de preços, que tendo sido adotadas junto à políticas de controle cambial como forma de buscar amenizar a alta de preços.
Sem dólares, a Argentina tem buscado se manter no jogo do comércio internacional por meio de acordos bilaterais, como um swap cambial junto ao PBOC, o Banco Central chinês, além de anunciar acordos com o Brasil para transações em moeda local.
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