Nesta semana os governos ao redor do mundo confiscaram no total R$ 25 bilhões em Bitcoin. Nesse sentido, são três apreensões: uma nos Estados Unidos (RS$ 1,6 bilhão), outra no Reino Unido (R$ 8,3 bilhão) e a última na Alemanha (R$ 10,6). Os casos foram todos relacionados a redes criminosas, tráfico de drogas ou esquemas de fraude.
O primeiro deles, nos Estados Unidos, já consta como uma das maiores do país desde o caso Silk Road. Desse modo, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou que Banmeet Singh, de 40 anos, se declarou culpado das acusações de tráfico de drogas que enfrentava. Portanto, concordando em ceder US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 735 milhões) em criptomoedas.
Devido à volatilidade do Bitcoin, a quantia real pode ser muito maior. Conforme informações do The Washington Post, Singh entregou 8.100 bitcoins às autoridades. Nesse sentido, na data de sua prisão, valiam US$ 150 milhões, mas hoje correspondem a US$ 340 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão). Esses bitcoins provavelmente entraram em leilão pelos EUA em breve, assim como também fez com os R$ 639 milhões em bitcoins relacionados ao caso da Silk Road.
Banmeet Singh liderou um grande esquema de tráfico de drogas entre 2012 e 2017, operando em pelo menos 8 células de distribuição em diferentes estados americanos e enviando drogas para outros países. A apreensão, e captura, de Singh e o montante em Bitcoin foi em colaboração com os governos dos EUA e Londres.
Singh utilizava mercados ilegais famosos, como Silk Road e Alpha Bay, para suas operações. Ele foi preso em Londres em abril de 2019 e extraditado para os EUA em 2023, onde foi julgado por tráfico de drogas.
Apreensão no Reino Unido
O governo de Londres apreendeu mais de 60.000 Bitcoin, ou US$ 1,7 bilhão (R$ 8,3 bilhões), vindos de um grande esquema de fraude de investimento chinês. Contudo, a apreensão ocorreu em 2018, e veio a público pela primeira vez durante uma audiência judicial em Londres em 30 de janeiro.
A parte julgada, ainda em andamento, de Jian Wen, é acusada de lavar Bitcoin para seu ex-empregador, Yadi Zhang (conhecido como Zhimin Qian). De acordo com o relatório, a polícia apreendeu esse montante de Bitcoins de quatro dispositivos separados armazenados em um cofre de depósito seguro em 2018.
A polícia conseguiu recuperar a criptomoeda dos dispositivos em 2021. Contudo não entrou em detalhes específicos sobre como fez. A acusação alega que dezenas de milhares de Bitcoins se originaram de um esquema de investimento que Zhang conduziu na China de 2014 a 2017, visando mais de 128.000 investidores. Estima-se um prejuízo de mais de US$ 6 bilhões.
Até o momento, Zhang permanece foragido, afirma a acusação. O relatório acusa Wen de auxiliar Zhang na conversão de Bitcoins ilícito em dinheiro, joias e outros itens de luxo, embora as acusações não sejam de envolvimento direto na fraude.
Apreensão na Alemanha
Para completar a turma dos governos que apreenderam Bitcoin nesta semana está a Alemanha. A polícia alemã realizou a maior apreensão de criptomoedas de sua história e confisca 50.000 bitcoins (BTC), avaliados em US$ 2,17 bilhões (R$ 10,6 bilhões). A ação está relacionada à operação de um site de pirataria em 2013 que violou a Lei de Direitos Autorais. Posteriormente, converteram os lucros dessa atividade em bitcoin.
Um dos dois suspeitos transferiu voluntariamente os bitcoins para o Escritório Federal de Polícia Criminal (BKA), segundo um comunicado da polícia.
A polícia alemã continua investigando a subsequente lavagem de dinheiro via Bitcoin, mas ainda não formalizou acusações contra os envolvidos. “A decisão final sobre a utilização dos bitcoins ainda não foi tomada”, acrescenta a polícia alemã em comunicado oficial.
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