Enquanto o Brasil vê uma discussão em torno dos juros elevados, que começam a causar estrago no balanço de empresas conhecidas, a pergunta que ronda a economia americana neste momento é: quando o país vai parar de crescer?
Economistas por lá têm sugerido que uma meta de inflação em 2%, como a atual meta do FED, o Banco Central americano, talvez seja “inviável” de ser perseguida. O motivo seria a necessidade de subir juros para até 6,5%, o que implicaria um gasto de US$2 trilhões anuais, sobre uma dívida que já atinge US$32 trilhões.
Em contexto, o número equivaleria a cerca de 25% do orçamento do governo americano, o que acarretaria riscos ao próprio funcionamento do governo.
Na prática, os juros pagos pelo governo americano a outros países credores da dívida americana, ultrapassaria pela primeira vez o gasto militar do país, o que levaria a prejuízos significativos ao status americano.
Considerando a dívida externa atual do país, incluindo aí credores privados, os atuais 4,5% de taxa de juros já superam o orçamento militar do país (US$800 bilhões), em uma tendência que tende a continuar crescendo.
Para solucionar a questão, economistas têm sugerido que o FED altere sua meta de inflação, o que implicaria em menores juros reais, e um dolar desvalorizado.
No nível atual, os juros praticados nos EUA acabam referenciando taxas em outros países, este é o caso, por exemplo, do Brasil.
Considerando uma taxa de juros em 6,5% e uma inflação em 2% nos EUA, significaria além de uma espiral negativa por lá, a necessidade de aumentar os juros por aqui, criando efeitos catastróficos.
O resultado por lá tem sido de crítica a leniência do FED, que segundo estes mesmos economistas, teria demorado a agir, tendo em vista que este problema já é conhecido desde 2021.
Os dados mais recentes por lá indicam que o mercado de trabalho continua aquecido, o que implica a necessidade de elevar os juros, provocando uma redução na demanda por lá, e necessidade de mais juros por aqui.
Neste momento, resta aos brasileiros torcer para que a economia americana, enfim, piore.
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