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Economia

Empresas de energia na Europa devem ter prejuízo de $279 bilhões em 2022

Com custos em alta de até 600%, empresas do setor elétrico devem precisar de pacote de resgate de governos europeus.

Fundada em 1946, a électricité de france, ou EDF, se notorizou por gerir um dos maiores parques de energia nuclear do planeta.

Em 2011, a empresa foi responsável por gerar ao menos 22% da energia na União Europeia, dos quais, ao menos 84% vem da energia nuclear.

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Em meio a crise energética que afeta o continente desde o início de 2021, e agravada pela guerra na Ucrânia, o governo francês vinha pressionando a empresa a represar preços. 

O resultado, na primeira metade de 2022, foi um prejuízo de $5,6 bilhões. Ao longo deste ano, porém, estima-se que a empresa vá perder $29 bilhões com este congelamento de preços.

Por conta disso, o governo francês decidiu por estatizar a companhia (que tinha 14% do seu capital nas mãos do setor privado).

Ao longo de toda a Europa, prejuízos do tipo tem se tornado recorrentes.

Na Alemanha, a gigante Uniper declarou prejuízos de $17 bilhões. Na Áustria, a Wien, da capital Viena, reportou $6 bilhões.

Líderes europeus já falam em pacotes de ajuda ao setor, na busca por impedir que a alta de 600% no preço do MWh seja repassada ao consumidor final. 

Segundo estimativas ouvidas pela Bloomberg, os números podem chegar a cerca de 1,6% do PIB do continente, ou cerca de $279 bilhões. 

O valor deve ajudar a amenizar o índice de inflação na região, a despeito do custo ainda ser repassado ao consumidor via aumento da dívida pública, que chega a 95,3% do PIB.

O resultado, ao menos até aqui, é uma perda de força por parte do Euro, que chegou a ser cotado abaixo de $1 pela primeira vez na história.

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