O Banco Central Europeu (BCE) reconheceu o Bitcoin como uma reserva de valor. Um estudo divulgado pela entidade destaca que a criptomoeda pode ser mais eficaz do que algumas moedas nacionais, especialmente em países com alta inflação.
O estudo, assinado pelos economistas Paola di Casola e Maurizio Michael Habib, representa uma mudança de ostura do órgõ em relação à anterior. Antes, o BCE sempre foi bastante crítico às criptomoedas.
“A popularidade do Bitcoin e outras criptomoedas não se limitou a poucas economias. Mas se transformou em um fenômeno global, se espalhando rapidamente para economias com diferentes níveis de desenvolvimento econômico e alfabetização financeira”, diz o documento.
O estudo do BCE também observou o comércio P2P de Bitcoin, indicando um interesse global na criptomoeda. Apesar de mencionar a volatilidade dos preços, o estudo apontou que o Bitcoin pode oferecer uma reserva de valor mais estável. Especialmente em países com inflação elevada e taxas de câmbio depreciativas.
“Apesar de um preço extremamente volátil e vários colapsos no mercado de criptoativos, o Bitcoin permanece muito popular. Sendo negociado em diferentes moedas e regiões”, escreve.
Bitcoin em países com moeda fraca
Conforme o documento, o impacto do Bitcoin foi especialmente notável em países em desenvolvimento com moedas fracas, especialmente após a pandemia mundial, onde a desvalorização das moedas nacionais impulsionou a negociação de Bitcoin.
“Isso [dados revelados pelo estudo] sugere que nos últimos anos o Bitcoin pode ter oferecido benefícios transacionais em economias onde o poder de compra da moeda doméstica não era estável.”
Ademais, o documento destaca que a instabilidade macroeconômica pode estimular a adoção de criptoativos. Assim, sugerindo que o Bitcoin pode ser utilizado como reserva de valor ou meio de troca em países que sofreram perda no poder de compra de suas moedas nacionais.
Além disso, países como a Argentina, que enfrentam altas taxas de inflação, podem adotar o Bitcoin em breve, e El Salvador já o adotou como moeda legal. Há expectativas de que bancos centrais em todo o mundo, inclusive o BCE, possam começar a comprar Bitcoin como reserva de valor.
A inflação acumulada na Argentina alcançou impressionantes 142,7% em outubro de 2023. Este índice é um dos mais altos do mundo e reflete uma situação econômica extremamente desafiadora para os cidadãos argentinos. A inflação acumulada durante o ano de 2023 ficou em 120% até o fim de outubro, superando o índice de 94,8% registrado em todo o ano de 2022.
Por outro lado, o Bitcoin mostrou uma trajetória de valorização ao longo de 2023. Começando o ano com um preço em torno de US$ 23,137.84, o Bitcoin experimentou várias flutuações, atingindo um pico de aproximadamente US$ 44mil em dezembro.
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