Um projeto de lei proposto pelo congressista republicano Tom Emmer, levanta dúvidas sobre a “moda” dos Bancos Centrais: as versões digitais das moedas nacionais.
Com o lançamento da CBDC chinesa em 2021, a pressão para que o dólar digital seja lançado aumentou.
Responsável por 59% das reservas monetárias no mundo, a versão digital do dólar ganharia em conversibilidade e agilidade das blockchains.
Para o congressista, porém, há pontos que não foram devidamente sanados.
Um dólar digital que utilize uma blockchain, ainda que privada, daria ao FED a capacidade de rastrear cada centavo ao longo da economia.
A ausência de privacidade sobre os recursos é parte do que atrai países como a China, para projetos do tipo.
Ainda segundo Emmer, um projeto do tipo colocaria o FED em território privado, servindo de custodiante de recursos privados, algo que vai além dos seus deveres constitucionais.
A possibilidade de ataques a rede privada também preocupam, uma vez que ao contrário da Blockchain original, as versões privadas não possuem transparência e validações externas.
Ainda não está claro se o governo brasileiro adotará um modelo similar ao chinês, que garante controle ao Banco Central do país para monitorar carteiras privadas.
Como argumento favorável, está a facilidade de adoção das moedas digitais por outros países, o que permitiria a China realizar transações com países na chamada “Nova Rota da Seda”, sem utilizar o dólar intermediário.
Outra “inovação” chinesa é a possibilidade de criar um prazo de validade para o dinheiro, forçando gastos para “aquecer a economia”.
O presidente do FED, Jerome Powell, declarou ainda nesta semana que o BC americano “não possui pressa” com relação à versão digital do dólar, uma vez que prefere fazer algo “bem feito do que meramente ágil”.
Não está exatamente claro o que o FED considera como “bem feito”, mas sua simbiose com gigantes de Wall Street, crescente nos últimos anos, levanta dúvidas sobre a questão.
Desde 2008 o FED tem se tornado um dos maiores investidores da bolsa americana, por meio de ETFs e compras de títulos.
Em um caso “esdrúxulo”, o FED se tornou inclusive acionista da Microstrategy, a empresa de Michael Saylor, que detém 120 mil Bitcoins, por meio de um ETF do Morgan Stanley com posição na empresa.
Se tornar custodiante de investidores internacionais que desejam ter acesso ao dólar digital, acabaria por ampliar os poderes do já poderoso Federal Reserve.
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