Criada em 1998 com a fusão entre Brahma e Antarctica, promovida pelo trio que comanda a 3G, a Ambev já nasceu gigante, controlando nada menos do que 70% do mercado brasileiro.
São mais de 70 marcas sob seu guarda-chuva, incluindo produtos que vão além das próprias cervejas.
E é em um deles, os refrigerantes, que a Associação Brasileira da Indústria de Cerveja, aponta haver “inconsistências”.
Ao contrário do caso das Americanas, também comandada pelos fundadores da 3G, a dívida em situação dúbia no balanço seria com a Receita Federal, da ordem de R$30 bilhões.
Segundo a associação, a Ambev estaria inflando o custo de produtos necessários à fabricação de refrigerantes na Zona Franca de Manaus, o que por sua vez garantiria a empresa créditos tributários referentes a isenção de alguns impostos aos produtores na região.
Com esse artifício, a Ambev estaria criando uma concorrência desleal com empresas de menor porte, sem a capilaridade da fabricante do Guaraná Antarctica.
Os números fariam uma diferença significativa no balanço da Ambev, que possui hoje uma dívida bruta de R$2,9 bilhões, além de R$19 bilhões em caixa.
A polêmica reproduz ainda uma discussão em torno das alíquotas de impostos sobre a Zona Franca. Em 2021, o governo federal buscou reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados.
Defensores da Zona Franca, porém, foram contrários a redução de imposto, tendo em vista que quanto maior a alíquota de impostos, maior o crédito tributário devido, gerando assim mais benefícios às empresas que operam na região.
O valor de R$30 bilhões parte de um relatório do consultor do setor cervejeiro Antônio Carlos Lacerda para a associação do setor, dizendo respeito a um contencioso tributário para o qual não há previsão em balanço por parte das empresas.
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