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Economia

Argentina se torna 2º maior importador de soja do Brasil

Em meio a uma seca histórica, a Argentina ultrapassou a Espanha e se tornou o segundo maior destinado da soja produzida no Brasil.

Conhecida potência agrícola, com produção suficiente para alimentar 400 milhões de pessoas, a Argentina se vê agora em uma posição insólita. A seca histórica que afeta o país fez a Argentina figurar como segundo maior importador da soja produzida no Brasil. Foram ao menos 930 mil toneladas em maio, somando 1,92 milhão de toneladas nos 5 primeiros meses no ano. Analistas estimam que o país ainda deva importar mais 2 a 3 milhões de toneladas da soja brasileira.

A produção Argentina figura tradicionalmente como a terceira maior produtora do mundo em soja, atrás apenas do Brasil e dos EUA. A seca, entretanto, levou a produção de 43 milhões de toneladas para 25 milhões de toneladas, segundo dados do governo americano. Segundo dados argentinos, porém, a produção deve ser ainda menor, de 20 milhões de toneladas. Com ao menos 3 milhões de toneladas importadas do Brasil, o país passaria a Espanha, ficando atrás apenas da China em destino da soja brasileira.

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Na cotação atual de US$370 dólares por tonelada, a quebra de safra por lá equivale a US$9,5 bilhões. Em suma, a seca pode reduzir as exportações argentinas de US$88,5 bilhões em 2022 em ao menos 12%.

Crise no Peso argentino

A seca histórica tem levado a moeda argentina para a lona. O país ocupa a última posição das moedas latinoamericanas com relação ao dólar em 2023. O Peso perdeu 39% do seu valor desde o início do ano, contra um ganho de 11% do Real e 14% do Peso mexicano.

Na prática, a cotação da moeda argentina chegou a atingir 500 pesos para 1 dólar no mercado paralelo. Nesse sentido, o governo de Alberto Fernández tem buscado revisar o acordo do país com o FMI, que prometeu em 2018 emprestar US$44 bilhões ao país.

O acordo com o FMI possui entre suas cláusulas uma exigência de que a Argentina eleve suas reservas internacionais, em dólar. Graças a queda nas exportações, esta missão se tornou impossível. Igualmente, o FMI espera que o governo do país reduza seu déficit público, uma tarefa cada vez mais distante da prática, em especial em ano eleitoral.

Assim, a economia argentina acaba se tornando cada vez mais dependente do resultado das eleições gerais em outubro. Ironicamente, o índice da bolsa de Buenos Aires, o Merval, têm se destacado positivamente, na medida que investidores veem a possibilidade de mudança de comando na Casa Rosada.

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