A Apple foi acusada pela empresa Masimo de contratar seus funcionários, roubar sua tecnologia de oximetria de pulso e incorporá-la Apple Watch. Até o momento, as decisões são favoráveis à Masimo.
A Comissão de Comércio Internacional dos EUA (ITC) decidiu a favor da Masimo, empresa de tecnologia, e a administração do governo Biden ratificou a decisão. Assim, proibindo a venda dos modelos Apple Watch Series 9 e Watch Ultra 2 no país. A ordem entrou em vigor em 26 de dezembro.
Em outras palavras, a ordem é de vetar a importação e venda de produtos da Apple que utilizam tecnologia que infringe patentes relacionadas à leitura dos níveis de oxigênio no sangue. A Apple começou a incluir o recurso de oxímetro de pulso em seus relógios inteligentes a partir do modelo Series 6, lançado em 2020.
Katherine Tai, representante comercial dos EUA, optou por não reverter a proibição após realizar consultas cuidadosas. A decisão da ITC tornou-se definitiva em 26 de dezembro, conforme informado pelo escritório de Tai nesta terça-feira.
Contudo, a Apple já decidiu recorrer, segundo informou a Reuters. Um porta-voz da Apple disse que a empresa apelou da proibição ao Tribunal de Apelações do Circuito Federal dos EUA em Washington.
“Discordamos veementemente da decisão do USITC e da ordem de exclusão resultante e estamos tomando todas as medidas para devolver o Apple Watch Series 9 e o Apple Watch Ultra 2 aos clientes nos EUA o mais rápido possível”, disse a Apple em comunicado na terça-feira.
Quem é Masimo, e seu fundador bilionário, que está processando a Apple?
A Masimo é uma empresa de dispositivos médicos dos Estados Unidos. Ela é quem está no centro de uma disputa com a Apple. Nesse sentido, acusando a gigante de tecnologia de violar patentes e roubar segredos comerciais relacionados à tecnologia de medição da saturação de oxigênio no sangue.
Fundada em 1989 pelo iraniano Joe Kiani, que migrou para os Estados Unidos aos 9 anos, a Masimo iniciou suas operações oferecendo oxímetros de pulso. Desse modo, dispositivos usados em hospitais para medir a saturação de oxigênio no sangue dos pacientes.
A ideia surgiu enquanto Kiani trabalhava em um projeto paralelo para desenvolver oxímetros de baixo custo. Ele percebeu que os dispositivos emitiam alarmes falsos quando os pacientes moviam o dedo e propôs uma solução, mas a empresa não se interessou. Isso levou Kiani a iniciar sua própria jornada empreendedora, desenvolvendo um protótipo em sua garagem na Califórnia.
A Masimo enfrentou dificuldades iniciais nos Estados Unidos devido à concentração de mercado, mas encontrou sucesso no Japão e na Europa. Kiani, agora dono de uma fortuna estimada em US$ 1 bilhão, testemunhou em 2002 no subcomitê antitruste do Comitê Judiciário do Senado sobre as práticas de mercado de seu principal concorrente.
A empresa também se envolveu em disputas por violação de patentes, processando a Nellcor e a Royal Philips, o que resultou em indenizações e royalties totalizando quase US$ 1,1 bilhão.
A Masimo acusou a Apple de violar suas patentes após um encontro em 2013, seguido pela migração de executivos da Masimo para a Apple e o subsequente registro de patentes pela gigante de tecnologia.
Com um valor de mercado de US$ 6,7 bilhões, a Masimo começou a focar no mercado de smartwatches, um setor de mais de US$ 25 bilhões.
Em 2021, a empresa adquiriu a Sound United, uma empresa de áudio, por pouco mais de US$ 1 bilhão, como parte de sua visão de fusão entre dispositivos médicos e eletrônicos de consumo. Atualmente, a Masimo tem um modelo de smartwatch no mercado e planeja lançar um segundo focado em cuidados médicos em 2024.
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