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Economia

Real está 25% desvalorizado segundo o Índice Big Mac

O índice que avalia o preço do Big Mac em dezenas de países aponta para o quão fraca a moeda brasileira está em relação ao dólar.

Presente em 119 países e servindo ao menos 70 milhões de pessoas, ou quase 1% da população do planeta, o McDonald’s se tornou uma das marcas mais famosas e valiosas do planeta.

As teorias em torno da marca, surgida na Califórnia em 1940, se tornaram um caso à parte. Em 1997 o colunista do New York Times, Thomas Friedman, desenvolveu a teoria da paz mundial e o McDonald ‘s.

Segundo Thomas, dois países que possuem um McDonald’s nunca entraram em guerra. A teoria é um exemplo para mostrar o quanto a integração e abertura econômica, questões cruciais para se entrar na lista de países com um restaurante da marca, contribuem para evitar conflitos bélicos.

Uma década antes, porém, a revista inglesa The Economist criou o seu “Índice Big Mac”. Na prática, a ideia da publicação é a de que, por ser um produto homogêneo (o que é uma questão crucial para a marca, a padronização), o sanduíche permitiria comparar preços em países diversos.

Um Big Mac no Brasil é feito exatamente igual a um Big Mac nos Estados Unidos ou na Coréia do Sul.

Com isso, busca-se abordar uma questão importante na economia, chamada de “paridade de poder de compra”.

Em suma, 1 dólar nos EUA compra uma determinada quantidade de produtos, enquanto no Brasil, 1 dólar quando convertido pela taxa de câmbio nominal (aquela que o JN fala todo dia), compra outra quantidade de produtos.

Como então saber onde o dólar vale mais ou menos? Comparando os preços ao redor do mundo com os EUA, a sede local da impressora que produz tais dólares. Logo nascia aí o Índice Big Mac.

Em dezembro de 2021, um Big Mac custava no Brasil R$21,90 ou cerca de $4,81 (e por favor, não seja o chato que fala de cupom de desconto ou promoção, estamos falando do preço de tabela). Já nos EUA o preço é de $5,81.

Isso significa dizer que um americano que venha ao Brasil comprará mais coisas com a mesma quantidade de dinheiro, enquanto um brasileiro que vá para os EUA pagará mais caro pelo mesmo produto. Isso significa que nossa moeda está desvalorizada.

Ainda segundo a The Economist, entre 2000 e 2020, o Real sofreu uma desvalorização de cerca de 31,5%. Isso significa que os brasileiros precisam trabalhar mais para comprar a mesma quantidade de produtos cotados em dólar, e explica, por exemplo, o motivo de o preço da gasolina aqui ser considerada “abusiva”, quando seguimos a cotação internacional.

A desvalorização da nossa moeda tende a ajudar exportadores, que recebem em dólar e tem custos em reais, motivo pelos quais é defendida por certos setores políticos como uma forma de impulsionar a economia. Na outra ponta, porém, os custos podem subir, tendo em vista que diversos produtos são cotados em dólar.

Historicamente o Brasil é considerado um outlier no índice, tendo em vista que pagamos preços de países ricos mesmo sendo um país subdesenvolvido. Em 2018, o Brasil possuía o 5º Big Mac mais caro do mundo, já hoje é o 9º.

O fato de termos uma tributação maior sobre bens de consumo também contribui.

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