Criado em 1973, o DXY é mais conhecido como o “índice do dólar”, comparando a moeda norte-americana com uma cesta de outras moedas, incluindo o Iene japonês, a libra esterlina do Reino Unido, o Euro, a coroa sueca e o franco suiço.
O índice mede a força do dólar em relação às moedas que compõem tal cesta.
Este índice varia em torno de 100, um estágio que indica a neutralidade entre as moedas. Acima de 100, o entendimento é de que o dólar está mais forte do outras moedas, já abaixo de 100, ele está desvalorizado.
Ao longo dos últimos 50 anos, o índice variou em função de políticas adotadas pelos EUA, além de choques externos. No ano de 1979, com o segundo choque do petróleo, o índice desabou ao nível de 85,18%, um dos menores desde o início da série histórica.
Já em 17 de março de 2008, enquanto o país enfrentava a recessão (que se ampliaria com a quebra do Lehman Brothers), o índice viu seu menor valor na história: 71,3. Neste período, o euro chegou a ser negociado em US$1,43.
O índice voltaria a superar os 100 em 2016, quando o Brexit gerou desconfiança sobre a Europa. Desde então, foram raros os momentos onde o dólar esteve fortalecido.
A tendência de queda estava sendo registrada até a pandemia, sendo ignorada desde então por conta dos juros europeus, extremamente baixos (menores do que a inflação).
De lá pra cá, o índice varia em função de elevações de juros nos EUA, o que leva investidores a aplicarem seus recursos no país, além de desconfiança sobre projetos que possam ampliar o déficit nas contas públicas dos EUA.
O Brasil, como se vê, não é uma ilha, seguindo a tendência.
Nos últimos meses, o dólar tem sofrido em função de uma expectativa de recessão nos EUA, além de uma crise em bancos regionais.
O Real, claro, acaba indo a reboque. Desde o dia 2 de novembro, logo após a eleição brasileira, o DXY recuou de 111,2 para os atuais 102,2.
Os déficits expressivos enfrentados pelo governo americano se vêem agora diante de uma taxa de juros cada vez maior, o que pode ampliar ainda mais a dívida pública do país, hoje em 123% do PIB.
De fatores locais, é possível que uma retomada de exportações de carne, além de acordos comerciais com a China, colabore para um fluxo maior de dólares entrando no Brasil, o que por sua vez forçaria uma queda da moeda norte-americana.
Outros fatores também relevantes são a expectativa de que o novo arcabouço fiscal seja ainda mais rigoroso do que apresentado inicialmente, melhorando a situação fiscal do país e permitindo uma queda nos juros.
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