Em épocas de eleição no país dos “hermanos”, o candidato à presidência da Argentina e atual ministro da Economia, Sergio Massa, propôs a adoção de uma moeda digital de banco central (CBDC), durante o último debate presidencial.
Massa sugeriu a CBDC como uma forma de solucionar o problema de hiperinflação que a Argentina vem enfrentando. Vale ressaltar que Javier Milei, um dos seus opositores, é contra o CBDC e quer inclusive acabar com o Banco Central. Contudo, Milei é considerado um extremo liberal, e bastante a favor do Bitcoin.
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Por outro lado, Sergio Massa, é ministro no governo de Alberto Fernandez. Ele afirmou que, se eleito, lançará uma moeda digital na Argentina e incentivará seu uso em todo o país. Além disso, ele planeja introduzir uma lei de lavagem de dinheiro que permitirá que os cidadãos que possuem reservas no exterior as tragam de volta e as usem livremente na Argentina sem a imposição de novos impostos.
“Vamos lançar uma moeda digital na Argentina. […] Vamos fazer isso globalmente para toda a Argentina, acompanhado por uma lei de lavagem de dinheiro que permita que aqueles que têm reservas no exterior possam trazê-las e usá-las livremente no país sem novos impostos em paralelo.”
Ministro enxerga dólar americano como anti-patriotismo
Massa se opõe à ideia de substituir o peso argentino pelo dólar americano, ao contrário de Javier Milei. Ele argumenta esse movimento só aumentaria a dependência do país em relação à moeda norte-americana. Ele pediu aos cidadãos que defendam a moeda nacional e não promovam o uso do dólar americano.
Entretanto, Milei vê o Bitcoin como uma resposta contra as práticas do banco central e critica o peso argentino por permitir que os políticos enganem os cidadãos através da inflação.
As eleições gerais na Argentina estão marcadas para 22 de outubro. Atualmente, algumas pesquisas sugerem que Massa está ligeiramente atrás de Milei, que foi o grande vencedor das eleições primárias realizadas em agosto.
O peso argentino sofreu uma desvalorização significativa ao longo dos anos, tendo caído mais de 99% em relação ao dólar desde dezembro de 2003. A inflação na Argentina é uma das mais altas do mundo, superada apenas pela Venezuela e pelo Líbano.
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