O governo federal, por meio da Agência Nacional de Águas (ANA), lançou um edital nesta semana com o objetivo de incentivar ideias que envolvam blockchain para reduzir a quantidade de plástico nos rios brasileiros. O edital, chamado “Saneamento do Futuro”, prevê uma premiação de R$990 mil e está sob a responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva. O objetivo é integrar o uso de tecnologias para combater a poluição e melhorar o setor.
O acúmulo de lixo nos rios e oceanos se tornou um problema global, estimando-se que atualmente existam 296 mil toneladas de plástico, o equivalente a 5,7 trilhões de peças, nos mares. Na região do Atlântico Sul, essa quantidade de lixo chega a 29 mil toneladas.
Embora sete dos dez rios mais poluídos do mundo estejam na Ásia, o Brasil também enfrenta esse problema. Diante disso, além de premiar iniciativas relacionadas à blockchain, a entidade também reconhecerá projetos voltados para Big Data, Inteligência Artificial e outras tecnologias.
O Edital 5/2023 aponta os detalhes para envios de propostas.
Blockchain e reciclagem
Durante uma entrevista ao BlockTrends, o CEO da startup H3aven mencionou diversas iniciativas que poderiam agregar a tecnologia e reduzir o impacto ambiental.
Antônio Hoffert ressaltou a preocupação de que o plástico é um material que pode levar até 1000 anos para se degradar. Nesse sentido, algumas soluções para evitar que o plástico acabe nos rios ou oceanos podem servir de inspiração. O executivo destacou casos de uso na Alemanha.
Na Alemanha, a reciclagem é uma prática “voluntária”, acompanhada de recompensas financeiras. Primeiramente, o país possui máquinas distribuídas por todo o território, que permitem aos cidadãos depositar plásticos e outros materiais e receber dinheiro em troca. Como consequência, a reciclagem se torna não um custo, mas um ganho. Nesse sentido, muda-se a equação de incentivos, o que colabora para solução do problema.
Hoffert destacou que a blockchain poderia agregar confiabilidade a esse processo. Através da blockchain, seria possível registrar toda a produção de plásticos. Com o uso dessa tecnologia, seria possível premiar aqueles que reciclam o lixo. Além disso, também seria possível identificar os custos das empresas que geram dejetos ambientais.
Blockchain e ESG
Grandes empresas, como a JBS, têm utilizado a confiabilidade e imutabilidade dos dados gravados na blockchain. Em suma, a JBS espera tornar mais fácil a identificação de desmatamento ao longo da sua cadeia de produção.
Com isso, a JBS espera zerar o desmatamento ocorrido em sua cadeia de produção e fornecedores.
A expectativa é de que este feito seja atingido em 2025. A tecnologia foi incorporada em 2021.
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