As ações da Tesla, a fabricante de veículos elétricos comandada por Elon Musk, caíram 8,8% em meio a preocupações de investidores sobre a dispersão do próprio Musk e um cenário adverso na China.
Como inúmeras ações de tecnologia, a Tesla tem sido duramente afetada pela alta de juros, além de um aumento na concorrência. Outros fatores, porém, possuem um peso ainda maior.
Em janeiro de 2023, subsídios do governo chinês para carros elétricos devem chegar ao fim, afetando a demanda em um mercado crucial para a Tesla.
O fim da política de “Covid 0” por parte da China também é uma preocupação, dado que se espera um aumento da disseminação da doença na China, o que poderia afetar negativamente a demanda por parte de consumidores.
Analistas ainda levantam preocupações em torno da venda de ações da Tesla por Musk, que recentemente vendeu US$3,5 bilhões para custear sua aquisição do Twitter.
Nos bastidores, há quem afirme que o Family Office de Musk tem buscado vender ações do Twitter, diluindo sua participação na rede social, além de reduzir a parte da aquisição financiada com dívida. Bancos como o Bank of America, deram US$13 bilhões em crédito para financiar a compra da rede social. Deste valor, US$3 bilhões ainda encontram-se sem garantias, com o restante tendo como garantia ações do próprio Twitter.
Mais recentemente, a fabricante de veículos elétricos anunciou um desconto generoso de US$3,5 mil na entrega de veículos em dezembro deste ano, indicando que a empresa espera reduzir drasticamente o estoque de veículos mantidos nos pátios de fábricas.
Não houve um anúncio oficial por parte da Tesla, que acabou chamando a atenção pois descontos por parte da montadora não são exatamente comuns, ao contrário, a Tesla é conhecida por aumentos constantes no preço dos veículos. Um veículo modelo Y, custa hoje em torno de US$66 mil dólares.
A dificuldade em entender o rumo que a empresa está tomando tem levado alguns investidores a questionar a liderança de Musk, que hoje comanda 5 empresas. No Twitter, o próprio Musk criou uma enquete onde questiona os usuários se ele deveria abrir mão do cargo de CEO. O resultado foi de que ele deveria abrir mão da posição (58% dos usuários votaram nessa direção).
Com os problemas na Tesla, a fortuna de Musk desabou em 2022, atingindo o menor valor em 2 anos.
No começo de dezembro, Musk deixou de ser o homem mais rico do mundo, perdendo o posto para Bernard Arnault, o fundador do conglomerado de luxo LVMH.
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