Com a inflação na Argentina superando 100% pela primeira vez desde 1991, o BCRA, Banco Central da República Argentina, vêm buscando evitar uma desvalorização ainda maior do peso, o que pressionaria os índices de inflação.
Para conter a alta da moeda norte-americana frente ao Peso, o BRCA tem vendido reservas. Na outra ponta, o banco emite moeda para sustentar o crescente déficit público do país, que deve atingir 3% do PIB em 2023.
O cenário desafiador levou a Argentina a evitar o pagamento de US$2,7 bilhões junto ao FMI que deveria ser feito no último dia 21 de março. O país decidiu aguardar pela liberação de cerca de US$5,3 bilhões pelo fundo, como parte do acordo realizado em agosto de 2022.
Com 9 calotes na história, sendo 3 neste século, a Argentina é hoje o maior “cliente” do Fundo Monetário Internacional, que concordou em destinar US$44 bilhões ao país na última renegociação.
Nesta última sexta-feira, o fundo também concordou em relaxar as metas de acumulação de reservas, reduzindo US$2 bilhões anuais em necessidade de acumulação, para US$7 bilhões.
O FMI, entretanto, não concordou com mudar as metas para o déficit do país, que pelo acordo deveria estar em 1,9% do PIB.
A Argentina segue relutante em reduzir subsídios, em especial aqueles ligados a área de energia. Estima-se que ao menos 75% da conta de energia dos argentinos seja bancada por subsídios públicos.
Após a guerra na Ucrânia o país acabou também sendo afetado pela crise de combustíveis que assolou o mundo, incluindo o Brasil. Agora, em meio a um cenário de alta generalizada de preços, o governo busca alternativas
Desde a criação do FMI em 1944, a Argentina recorreu ao fundo, em média, uma vez a cada 4 anos e meio, sendo responsável também pelo maior calote de dívida soberana na história, durante a crise de 2001.
$100 de bônus de boas vindas. Crie sua conta na melhor corretora de traders de criptomoedas. Acesse ByBit.com