Uma demanda do setor de vinícolas argentino deve ser atendida pelo governo local, com a criação de uma taxa de câmbio específica para o setor.
A Argentina, que já foi o 5º maior produtor mundial de vinho, perdeu uma posição em 2022, levando os representantes da indústria local a pressionar o governo por mudanças.
O “dólar Malbec”, implicará uma taxa de câmbio diferenciada, que ainda não foi definida pelo governo, mas valerá a partir de 1º de abril.
Na prática, a taxa de câmbio diferenciada deverá reverter um imposto de exportação de 4,5% cobrado sobre os US$881 milhões em exportações do país na área, além de significar mais recursos em Pesos para os produtores.
Com a nova taxa de câmbio, o governo Alberto Fernández chega a 15ª taxa de câmbio, que inclui ainda o dólar soja, dólar petróleo, dólar streaming e recentemente o dólar Qatar, em referência às transações de argentinos na Copa do Mundo.
As taxas de câmbio alternativas têm sido uma tentativa do governo de evitar a vazão de dólares que saem do país e conter a inflação. Até o momento, porém, sem sucesso.
A Argentina tem hoje US$34,4 bilhões em reservas de dólares, metade dos US$66 bilhões em 2018.
O valor é considerado insuficiente para fazer frente à dívida externa pública e privada do país, que chega a US$271,8 bilhões.
A tentativa de conter o câmbio por meio de taxas alternativas têm levado investidores a sacarem recursos de suas contas em dólar, que estão no menor nível desde a grande crise do país em 2001. Na prática, os argentinos temem um novo “corralito”, o plano que converteu forçadamente dólares em pesos.
Na década, a moeda do país saiu de AR$4 em 2011 para os atuais AR$330 por 1 dólar no mercado paralelo, ajudando a elevar os preços de produtos cotidianos cotados em dólares, como combustíveis ou alimentos.
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