Com bilhões de reais em dividendos transferidos à União entre 2007 e 2013, os Correios entraram na década do e-commerce em uma situação sui generis.
Se por um lado a demanda por encomendas explodiu com as plataformas de comércio online, por outro, a instituição foi fragilizada em meio a um inchaço no número de funcionários e saques constantes de recursos.
Na prática, os Correios passaram anos sem conseguir investir e atender a demanda que surgia. As compras onlines saíram de R$17 bilhões para R$101 bilhões na década.
Como consequência, os atrasos aumentaram, levando a estatal a registrar até R$254 milhões, além de inúmeros processos em função dos atrasos.
Nos últimos 5 anos, porém, a situação se inverteu, com a empresa mais antiga do país passando por uma reformulação, de olho em uma eventual privatização.
A busca por soluções mais ágeis para clientes e o frete com prazos cada vez menores, fez com que a empresa diminuísse de 94% para 33% a sua dependência dos Correios.
Agora, após anos de corte de gastos, impairment com prejuízos em planos de saúde (que há alguns anos chegavam a incluir pais e avós de funcionários), além de redução no número de funções qualificadas, a instituição apresentou seu segundo ano de resultado considerado robusto.
A expectativa do governo é de que os Correios possam passar por um processo de privatização, que possa enfim destravar os investimentos.
Segundo um estudo da Accenture, os Correios demandam ao menos R$2 bilhões em investimento anual para atender a demanda do e-commerce, a área que hoje responde por boa parte do resultado superavitário dos Correios.
Atualmente a empresa investe R$300 milhões ao ano.
Uma outra área, a de encomendas internacionais, também é alvo de disputa pelas varejistas nacionais e afeta a instituição.
Aplicativos internacionais costumam declarar valores menores para burlar a receita. A associação internacional de correios estima o prejuízo desta prática em algo como R$1 bilhão anuais.
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