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Economia

COPOM decidirá rumos da SELIC nesta quarta-feira (2); o que esperar e onde investir?

Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central, a taxa básica deverá cair 0,25 ponto percentual.

A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) acontece nestes dias 1 e 2 de agosto. Nesse sentido, o Comitê tem como objetivo discutir os rumos da taxa Selic. A expectativa do mercado é de queda na taxa de juros, que atualmente está em 13,74%, levado pela forte queda da inflação nos últimos meses. Caso seja concretizado, esse seria o primeiro corte desde agosto de 2020, quando os juros teriam sido reduzidos de 2,25% para 2% ao ano. A decisão será anunciada nesta quarta-feira (2).

Para Vitor Delduque, Economista e Diretor de Novos Negócios da MB Token, é importante entender o cenário macroeconômico.

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“Um elemento que contribui para a inflação abaixo do esperado é a valorização da nossa moeda. Juntamente com a combinação da baixa dos preços das commodities, mas com o aumento das quantidades vendidas. Esses fatores atuam de forma a pressionar os preços para baixo no atacado, o que consequentemente induz um cenário de desinflação tanto no varejo como nos preços ao consumidor”, explica.

O que esperar do COPOM?

Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central, a taxa básica deverá cair 0,25 ponto percentual. Portanto, para 13,5% ao ano. A expectativa do mercado financeiro, segundo as curvas de juros futuros negociados na B3, é que a Selic encerre o ano em 12% ao ano.

Nesse sentido, para Delduque, a alta demanda do país ainda está contida pela situação financeira delicada dos brasileiros. Além disso, o analista afirma que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem implementado políticas de estímulo fiscal e de crédito para “compensar, mesmo que parcialmente, os efeitos contracionistas da política monetária restritiva sobre a economia doméstica”.

“Reduzir a Selic, pode se configurar como uma medida estratégica para estimular o consumo, os investimentos e o crédito, impulsionando a demanda agregada. Tal medida pode também fortalecer o ambiente de negócios, alavancar a produção e gerar empregos, fatores essenciais para o crescimento sustentável”, complementa.

O economista ressalta que o Hiato do Produto no Brasil está negativo. A métrica refere-se à diferença entre o produto observado de uma economia (PIB) e a estimativa do produto potencial, ou seja, a estimativa do valor máximo que o Brasil pode alcançar.

Nesse sentido, quando o hiato do produto é positivo, pode ser um sinal de que a política monetária precisa ser ajustada para evitar a inflação. Por outro lado, quando o hiato do produto é negativo, pode ser um sinal de que a política monetária ou fiscal precisa ser ajustada para estimular a atividade econômica e reduzir o desemprego. 

“Na conjuntura atual, o Hiato do Produto do Brasil está negativo. Em outras palavras, há capacidade ociosa em sua capacidade produtiva, sendo possível obter crescimento, sem gerar pressões inflacionárias na economia”, explica o economista.

Os Impactos na Economia

Delduque ressalta que, a queda na taxa de juros pode desencadear um efeito multiplicador sobre diversos setores da economia. Em grande parte, envolvendo o mercado de crédito, investimentos e até mesmo o câmbio.

“Como o custo do crédito se torna mais acessível, espera-se um incremento no consumo das famílias e nos investimentos das empresas, uma vez que é mais atraente aos empresários aumentarem a sua capacidade de produção do que gerar renda com o seu patrimônio”, explica.

No entanto, Delduque aponta que com o Hiato do Produto negativo e os estoques gerados, a taxa de desemprego é sempre uma das últimas variáveis a ter uma mudança palpável. 

“Ademais, a redução na taxa Selic também pode afetar a dinâmica do mercado de capitais, tornando investimentos em renda variável mais atraentes, o que pode influenciar a composição das carteiras de investidores”, diz. Em um cenário de possível queda na taxa de juros, os ativos com taxas pré-fixadas são uma boa oportunidade de investimento, segundo ele.

“Um corte muito agressivo na SELIC pode impactar negativamente as expectativas inflacionárias. Algo que levaria a uma resposta negativa dos agentes econômicos e, assim, prejudicar o controle dos preços”, diz.

Impactos não são imediatos

Delduque diz ser importante ressaltar que a política monetária não acontece de forma imediata, e seus efeitos podem se manifestar ao longo do tempo. “O efeito do corte de juros já está sendo precificado pelo mercado para os próximos encontros do COPOM, dado a grande capacidade ociosa”, diz.

Portanto, Delduque analisa a última ata do COPOM, que diz: “A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”. Conforme o economista, ao que tudo indica, de fato, o mercado já precificou em sua maioria uma queda na SELIC de apenas 0,25 pontos, que será anunciada.

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