Poucas empresas simbolizam tanto um embate entre o mito do fundador, a figura genial que cria e desenvolve uma marca, e o executivo, o careta que impõe métricas de mercado e foca em gestão, quanto a Apple. Atualmente comandada por Tim Cook, que alavancou um faturamento de $700 milhõs por dia ao longo de 10 anos, a gigante teve uma longa história até chegar neste ponto.
A companhia pelos dois Steve, Wozniak e Jobs, tornou-se tornou referência por operar na fronteira da tecnologia, e pela excelência de seus produtos. A preocupação com a qualidade, além da inventividade e inovação, marcaram os primeiros anos da Apple, assim como o estilo pouco apaziguador de Steve Jobs, o gênio por detrás das ideias.
O sucesso da Apple nos primeiros anos foi estrondoso, e com ele vieram as “dores do crescimento”. O conselho da empresa, agora uma companhia de capital aberto, optou por contratar John Sculley, um executivo da Pepsi, com experiência em gestão, para pôr ordem e tornar o negócio mais profissional.
Nos 2 primeiros anos de Sculley a frente da Apple, porém, a relação com Jobs se tornou insustentável, fazendo com que o criador da empresa da maçã abandonasse a empresa.
Jobs saiu para criar a Pixar, a empresa de animação que anos mais tarde seria vendida para a Disney, tornando o próprio Steve um dos maiores acionistas da empresa (que até sua morte comporiam a maior parte do seu patrimônio, a despeito de a Apple ser muito mais valiosa do que a Disney).
Já Sculley seguiu implementando sua visão. Colheu bons frutos por um tempo, mas esbarrou na inovação.
Para resolver a questão, a Apple resolveu ir às compras, pagando uma grana pela NeXT Computer, uma empresa criada em 1985 por justamente ele, Steve Jobs. A aquisição levaria a criação do Mac OS X, o sistema operacional da empresa.
Em 2000, Jobs assumiu novamente o posto de CEO da empresa, cargo que ocuparia até 2011 com sua morte, e levaria a empresa a lançar produtos como o iPod e iPhone, dando uma nova cara a empresa.
Em uma nova virada, a Apple escolheu Tim Cook, um ex-executivo da IBM, formado em engenharia para tocar a empresa.
Tim assumiu o cargo com uma visão distinta, buscando dar à Apple um aspecto mais amplo, além do Hardware. Partiu dele a ideia de transformar a empresa em uma companhia de serviços.
E as razões para isso são relativamente simples. A primeira, claro, é a recorrência. Hardwares são trocados, quando muito, uma vez ao ano, já serviços possuem uma receita recorrente.
O segundo, é mais “tabu”, mas também simples. O fato é que graças a sua qualidade e poder de marca, a Apple colocou um aparelho nas mãos de cada uma das pessoas que compõem os 10% mais ricos do mundo.
A companhia se tornou praticamente uma unanimidade. E quando você tem este acesso, você fatura.
E a Apple sabe cobrar muito bem. Especula-se que o Google pague a empresa cerca de $15 bilhões para ser o mecanismo de busca padrão dos aparelhos da Apple, em boa parte pois as pessoas costumam ter preguiça de mudar, ou já se acostumaram com o Google.
Cada usuário de iPhone gera, em média, 5 vezes mais receitas de publicidade ao Google do que um usuário de Android.
Em outro ponto relevante da visão de Tim, a empresa se tornou uma das companhias que mais lucram com jogos no mundo, isso sem produzir um único jogo. Estima-se que os 30% de comissão sobre vendas da AppStore gerem $22,5 bilhões de dólares, mais do que qualquer empresa do setor.
Na prática, sob o reinado de Tim Cook, a Apple saiu de um valor de mercado de $349 bilhões para $3 trilhões em 10 anos, ou incriveis $700 milhões por dia.
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