As ações da Meta tiveram uma queda de 20% diante dos novos números divulgados pela empresa, agora dona do Facebook. O principal motivo: uma queda de 1 milhão de usuários ativos nas redes da empresa de Mark Zuckerberg, graças ao TikTok.
Pela primeira vez, desde 2005, o Facebook viu o número cair, de 1,93 bilhão para 1,929 bilhão na comparação trimestre contra trimestre.
A despeito de parecer pouco, o número mostra uma dificuldade das redes sociais de Mark em atrair atenção do público jovem. O Facebook tem se tornado uma rede social com perfil demográfico mais velho, o que via de regra significa um público menos propenso ao consumismo, e que mesmo com maior renda, consome menos online, afetando duramente as receitas com publicidade da empresa.
Cortes de gastos em anúncios digitais também podem ser considerados culpados, mas a concorrência é, de longe, a maior preocupação da empresa de Zuckerberg.
De um lado, apps como TikTok tem conquistado cada vez mais usuários, em especial os jovens que têm saído do Facebook. De outro, a concorrência com Google e Amazon têm drenado recursos que antes poderiam ir para o Facebook.
Outros fatores, como a mudança de política de privacidade por parte da Apple também afetaram os negócios. Com menor quantidade de dados a disposição, o Facebook passou a entregar menos resultados aos anunciantes em iPhones, tradicionalmente os que geram maior retorno para a companhia em função do poder aquisitivo.
O declínio do próprio Facebook não é uma novidade, e pode ser visto na própria mudança de nome da empresa, que ao adotar o “Meta”, deixa claro que sua nova aposta é desenvolver o metaverso na web3.0.
O fato de documentos do próprio Facebook exporem denúncias e pesquisas de que suas marcas contribuem negativamente para a saúde mental dos usuários, especialmente os mais jovens (e o fato de a empresa ter ignorado estes resultados para não afetar seu lucro), também ajudam a tornar a empresa uma marca “tóxica”, o que afasta potenciais talentos que colaborariam no desenvolvimento de produtos e serviços.
Com uma receita de $84,4 bilhões em publicidade em 2020, o Facebook ainda segue parte das chamadas “FAANG’S”, o grupo das BigTechs que inclui ainda Amazon, Apple, Google e Microsoft, ainda assim, a empresa está em uma fase desacreditada, fazendo com que seu valor de mercado chegue a meras 17 vezes o lucro.
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