Lançada em 2014 em Fortaleza, Ceará, o Banco dos BRICS, ou “Novo Banco de Desenvolvimento”, nasceu com recursos da ordem de US$2 bilhões aportados por 5 países membros. O banco possui como missão financiar projetos nos países membros, como China, Brasil, Índia, Rússia e África do Sul. Atualmente o banco é presidido por Dilma Rousseff, que tem atuado para defender a Argentina como membro dos BRICS.
Com sede em Shangai, o banco possui participação igualitária entre os membros. Além dos 5 países que compõe o bloco, o NDB também possui Bangladesh, Egito e os Emirados Árabes como sócios. A ideia, portanto, seria agregar a Argentina como novo membro do NDB, ou dos BRICS.
Com apoio do Brasil, a Argentina agora busca se integrar.
Em meio a crise que fez o dólar atingir a cotação de 500 pesos no país vizinho, o país busca alternativas para se financiar. A entrada no NDB poderia garantir linhas de crédito à Argentina. Neste momento o banco possui cerca de US$18 bilhões em ativos.
A China, porém, têm imposto resistência a ideia.
Neste momento a Argentina encontra-se incapaz de cumprir seus acordos com o FMI. Em discurso na data de independência do país, a vice presidente argentina, Cristina Kirchner, chegou a sugerir que o país deveria “esquecer” o FMI. A Argentina possui neste momento um empréstimo de US$44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional.
Interesses chineses
Em janeiro deste ano, a China, através do PBOC, o banco central, realizou uma operação de troca de Yuans por Pesos. Além disso, ao todo, a Argentina recebeu cerca de US$30 bilhões, passíveis de serem usados para compras da própria China.
No entanto, para a China, a entrada da Argentina poderia abalar a credibilidade do banco. Por conseguinte, o NDB possui permissão para realizar captações no mercado. Em contrapartida, estes títulos, por sua vez, são vendidos com juros já elevados, dado o risco dos países envolvidos. Desse modo, incluir a Argentina poderia elevar os custos gerais do banco.
É importante ressaltar que a China já foi defensora da entrada dos 3 países membros do banco que não compõem os BRICS. Devido a essa estratégia, buscava-se reduzir o poder dos Estados Unidos no mundo árabe.
Resgate do Brasil à Argentina
Este é o segundo plano defendido pelo governo Lula para resgatar a Argentina. Em janeiro, o presidente já defendeu o avanço de uma moeda única, além de acordos para que o Brasil pudesse exportar para a Argentina e receber em reais. A legislação brasileira, porém, proíbe que o Banco Central assuma o risco cambial argentino.
Agora, o governo brasileiro atua como porta-voz argentino junto ao NDB. Uma outra possibilidade, seria a de realizar operações por meio do BNDES.
O governo defendeu nesta semana que o banco seja usado para fortalecer países vizinhos. Neste tipo de operação, como no caso do NDB, a ideia seria financiar projetos.
Há, porém, pouca chance de que o governo consiga utilizar os dólares detidos pelo Banco Central brasileiro para socorrer o país vizinho.
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